Janelas para o mundo animal

Responda rápido: você já visitou um zoológico ou aquário? Muito provavelmente, a resposta é “sim”. Esses espaços reúnem educação, lazer e contato com a natureza, permitindo conhecer de perto animais de várias partes do mundo, seus hábitos e origens.

Crianças e adultos ficam fascinados a cada visita, mas o encontro entre humanos e animais também pode parecer distante e triste, com barras de ferro e grades protetoras dando ao ambiente o aspecto de uma prisão. Felizmente, esses espaços estão aos poucos ganhando uma cara nova e acessível, sem deixar de lado a segurança — cortesia do vidro, como era de se esperar.

Zoológicos: transparência com proteção para todos
Walmir Lopes, diretor-administrativo e proprietário da beneficiadora e laminadora Resinal, destaca que os visores de vidro em zoológicos já são bastante usados. “Aqui no Brasil, essa prática ainda é relativamente nova, mas vem crescendo”, observa.

Para o oceanógrafo Ricardo Cardoso, diretor-técnico do Aquário de São Paulo (que também conta com áreas para animais terrestres), o uso de visores de vidro é uma alternativa para substituir barras ou telas nas jaulas: “Eles permitem conforto acústico e são barreiras físicas mas não visuais, trazendo maior proximidade entre os animais e visitantes sem risco para ambos.”

Isso ficou claro com um vídeo que ganhou atenção no mundo inteiro este ano (você pode assistir a ele na versão mobile da revista). Pois é, trata-se de um leão dócil no Chiba Zoological Park, no Japão (saiba mais sobre ele abaixo), filmado no momento em que tentou saltar sobre uma criança para brincar com ela. O impacto do animal poderia ter machucado o garotinho, mas o visor de vidro não só bloqueou sua passagem como não sofreu uma única trinca. Isso comprovou para o mundo que esse zoológico pode ser visitado tranquilamente — todos estão protegidos pelo vidro.

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SOLUÇÃO DE PESO PARA VIDROS DE PESO: Onças-pintadas, primatas, leões-marinhos e serpentes: esses são apenas alguns dos habitantes do Zoológico de São Paulo (São Paulo) separados dos corredores do local apenas por visores de vidro. A Resinal foi responsável pelo fornecimento das peças (laminadas ou laminadas temperadas), especificadas em conjunto com o departamento responsável do zoológico, e as instalou em parceria com a Antovan, empresa de esquadrias. “O transporte e a instalação foram difíceis por conta do peso de cerca de 390 kg por peça de vidro”, conta Walmir Lopes, da Resinal — esse obstáculo foi vencido com o uso de um caminhão munck para transportar as peças até os caixilhos.

 

Aquários: visibilidade sem riscos
Em grandes aquários e oceanários, a responsabilidade dos visores não é só impedir a passagem dos animais, mas também suportar toda a pressão feita pelo volume de água contido nessas estruturas.

O vidro não é o único material que pode ser usado para visores, mas quem apostar nele vai encontrar uma série de vantagens: “O vidro, além de durável, é mais resistente ao surgimento de riscos em sua superfície e não amarela com o tempo, como o acrílico”, explica Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace.

Quanto aos habitantes deles, uma curiosidade: engana-se quem pensa que eles não percebem a mudança de casa. “Logo que introduzidos em um aquário, os peixes podem tentar nadar ‘através’ do vidro, ou ficar incomodados com a presença de pessoas olhando pelo lado de fora”, conta Thiago Carvalho, biólogo da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. Com o tempo, eles se adaptam ao novo ambiente, mas Carvalho alerta que a ajuda dos visitantes é fundamental para isso: atitudes como bater nos vidros ou tirar fotos com flash causam estresse aos animais.

CONSCIENTIZAR PARA CONSERVAR: O Aquário da Bacia do Rio São Francisco (Belo Horizonte), inaugurado por iniciativa da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, é o lugar certo para pesquisar e conhecer mais sobre as espécies da bacia, como a pirambeba, cascudo e surubim, além de mostrar a importância da conservação e revitalização do rio São Francisco. São 22 tanques com um total de 1 milhão de litros d’água. Os peixes são vistos através de 42 visores de vidro trilaminados temperados, com espessuras de até 40 mm. Os visores foram instalados pela Avec Design, empresa que também projetou e providenciou todos os seus componentes, dos vidros às interlayers para laminação. A Avec superou a ameaça de vazamentos com sua tecnologia de vidro encapsulado em silicone (VES) e a dificuldade de transporte dos vidros (alguns com até 3 x 2 m e mais de 1/2 t) com o uso de ventosa capaz de suportar até 1.000 kg. A resistência dos visores é reforçada pelas camadas de SentryGlas Plus, da Kuraray, entre as peças de vidro.
CONSCIENTIZAR PARA CONSERVAR: O Aquário da Bacia do Rio São Francisco (Belo Horizonte), inaugurado por iniciativa da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, é o lugar certo para pesquisar e conhecer mais sobre as espécies da bacia, como a pirambeba, cascudo e surubim, além de mostrar a importância da conservação e revitalização do rio São Francisco. São 22 tanques com um total de 1 milhão de litros d’água. Os peixes são vistos através de 42 visores de vidro trilaminados temperados, com espessuras de até 40 mm. Os visores foram instalados pela Avec Design, empresa que também projetou e providenciou todos os seus componentes, dos vidros às interlayers para laminação. A Avec superou a ameaça de vazamentos com sua tecnologia de vidro encapsulado em silicone (VES) e a dificuldade de transporte dos vidros (alguns com até 3 x 2 m e mais de 1/2 t) com o uso de ventosa capaz de suportar até 1.000 kg. A resistência dos visores é reforçada pelas camadas de SentryGlas Plus, da Kuraray, entre as peças de vidro.

 

Da escolha à manutenção: todo cuidado é pouco!
Que o vidro pode garantir a proteção necessária em zoológicos e aquários, já está claro. Porém, esse tipo de aplicação não abre margem para qualquer tipo de erro, por menor que seja. Por isso, fique atento.

Tipo de vidro
Clélia Bassetto, consultora de Normalização da Abravidro, aponta que a NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações define que os vidros para isolamento de jaulas precisam ser, no mínimo, laminados de segurança ou insulados compostos por laminados. No caso de aquários, Vanessa Santos, especialista de especificação de projetos da Kuraray para a América Latina, acrescenta que o ideal é a instalação de multilaminados.

Especificação
Remy Dufrayer, da Cebrace, apresenta as seguintes orientações:

  • Para zoológicos: os vidros devem suportar uma carga de, no mínimo, o dobro do peso do animal e considerar as dimensões físicas dele;
  • Para aquários: devem ser consideradas as dimensões do visor, a coluna d’água (pressão constante) e o número de apoios.

‘Software’ ajuda na escolha do vidro
A Cebrace oferece um programa gratuito de computador para o cálculo da espessura de vidros para aquários. Acesse: www.cebrace.com.br/CalculoEspessura/#/visorpiscina/primeiro-passo

VITRINAS PARA ESPÉCIES DO BRASIL E DO MUNDO: Considerado o maior aquário da América do Sul, o Aquário de São Paulo (São Paulo) conta com cerca de 3 mil exemplares representando centenas de espécies de peixes e outros animais de ambientes de várias partes do Brasil e do mundo. O local conta com visores de vidro laminados e multilaminados (que, juntos, correspondem a uma área de cerca de 300 m²), processados pela Cyberglass e instalados pela Avec Design — para o manuseio das peças (algumas das quais chegavam a 360 kg), foram usadas ventosas especiais, enquanto a tecnologia de VES foi aplicada em todas as bordas dos vidros.
VITRINAS PARA ESPÉCIES DO BRASIL E DO MUNDO: Considerado o maior aquário da América do Sul, o Aquário de São Paulo (São Paulo) conta com cerca de 3 mil exemplares representando centenas de espécies de peixes e outros animais de ambientes de várias partes do Brasil e do mundo. O local conta com visores de vidro laminados e multilaminados (que, juntos, correspondem a uma área de cerca de 300 m²), processados pela Cyberglass e instalados pela Avec Design — para o manuseio das peças (algumas das quais chegavam a 360 kg), foram usadas ventosas especiais, enquanto a tecnologia de VES foi aplicada em todas as bordas dos vidros.

 

Vedação
“Não há receita consagrada para a vedação de aquários: é necessário muito cuidado, testes e uso de materiais compatíveis”, observa José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design. Algumas dicas para essa etapa são:

  • A espessura mínima para a aplicação do silicone é de 3 mm, indica Emerson da Silva, responsável pelo departamento financeiro da Silva Selantes;
  • Para aquários, o ideal é que os vidros sejam encaixilhados e bem-protegidos, para evitar contato das bordas com a água e a delaminação das peças — Aceto lembra que nenhuma fabricante de silicones selantes garante a durabilidade de juntas em contato permanente com a água;
  • O silicone não deve possuir antifungos — segundo Emerson, da Silva Selantes, eles podem liberar toxinas durante seu processo de cura capazes de matar os peixes.

 

‘TEM CERTEZA QUE TEM VIDRO AQUI?’: Essa é uma pergunta que pode facilmente ser feita por quem passar pela área dos leões no Detroit Zoo (Royal Oak, Estados Unidos). O efeito é obtido pelo envidraçamento ao redor: são multilaminados compostos por quatro peças de extra clear temperado (cada uma com quase 13 mm de espessura), intercaladas pelas películas estruturais SentryGlas, da Kuraray. Os números impressionam: a muralha de cerca de 73 m de vidro é capaz de resistir ao impacto de um caminhão de 2,5 t a mais de 60 km por hora. Mas, além da segurança, houve também o desafio de impedir que pássaros sobrevoando o local não percebessem os vidros extra clear e se chocassem contra eles — a solução encontrada foi a colocação de desenhos de aves e barras metálicas em partes da muralha.
‘TEM CERTEZA QUE TEM VIDRO AQUI?’: Essa é uma pergunta que pode facilmente ser feita por quem passar pela área dos leões no Detroit Zoo (Royal Oak, Estados Unidos). O efeito é obtido pelo envidraçamento ao redor: são multilaminados compostos por quatro peças de extra clear temperado (cada uma com quase 13 mm de espessura), intercaladas pelas películas estruturais SentryGlas, da Kuraray. Os números impressionam: a muralha de cerca de 73 m de vidro é capaz de resistir ao impacto de um caminhão de 2,5 t a mais de 60 km por hora. Mas, além da segurança, houve também o desafio de impedir que pássaros sobrevoando o local não percebessem os vidros extra clear e se chocassem contra eles — a solução encontrada foi a colocação de desenhos de aves e barras metálicas em partes da muralha.

 

Sistema
Visores de vidro são parte de um conjunto, que também envolve caixilhos, silicones selantes e componentes secundários específicos para cada caso. Nesse sentido, Vanessa Santos, da Kuraray, alerta: “Não adianta se preocupar com o vidro e se esquecer do resto: o sistema inteiro precisa ser eficiente”.

Após a instalação
Por mais segura que a instalação seja, é ideal que as empresas aconselhem os zoológicos e aquários a chamá-las periodicamente para avaliar os sistemas e realizar sua manutenção preventiva.

RESITÊNCIA ATÉ A TERREMOTOS: Para aproximar ao máximo seus visitantes dos animais expostos, como o leão brincalhão que é capa desta edição de O Vidroplano e os recintos das criaturas aquáticas, o Chiba Zoological Park (Chiba, Japão) aplicou visores de laminados temperados 15+15 mm com filme antiestilhaço em diversas de suas áreas de exibição. Houve um trabalho extenso de especificação e instalação das peças, pois era preciso levar em conta não só a possibilidade de impacto dos animais contra o vidro, mas também a de danos causados por terremotos. Outro desafio foi a redução da reflexão de luz para não atrapalhar a visibilidade, problema resolvido com a colocação de tetos nos corredores por onde os visitantes passam.
RESITÊNCIA ATÉ A TERREMOTOS: Para aproximar ao máximo seus visitantes dos animais expostos, como o leão brincalhão que é capa desta edição de O Vidroplano e os recintos das criaturas aquáticas, o Chiba Zoological Park (Chiba, Japão) aplicou visores de laminados temperados 15+15 mm com filme antiestilhaço em diversas de suas áreas de exibição. Houve um trabalho extenso de especificação e instalação das peças, pois era preciso levar em conta não só a possibilidade de impacto dos animais contra o vidro, mas também a de danos causados por terremotos. Outro desafio foi a redução da reflexão de luz para não atrapalhar a visibilidade, problema resolvido com a colocação de tetos nos corredores por onde os visitantes passam.

 

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
Aquário de São Paulo — www.aquariodesp.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Chiba Zoological Park — www.city.chiba.jp/zoo
Cyberglass — www.cyberglass.com.br
Detroit Zoo — detroitzoo.org
Fundação Parque Zoológico de São Paulo — www.zoologico.com.br
Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte — www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativo-turistico/artistico-cultural/aquario-da-bacia-dorio-sao-francisco-fundacao-zoo-botan
Kuraray — www.kuraray.com.br
Resinal — www.resinal.com.br
Silva Selantes — www.silvaselantes.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

É feira de negócios? Pode contar com o vidro!

O vidro não foi esquecido nas três importantes exposições na área da construção civil no País entre julho e agosto deste ano: ForMóbile, Greenbuilding Brasil e Construsul. Mesmo não sendo o produto mais destacado nelas, ele foi mostrado em aplicações interessantes, compondo portas ao lado de couro e alumínio ou em grandes portas de correr com função termoacústica. Também não faltaram produtos para o vidro, de limpadores e tintas a películas de controle solar. Saiba mais a seguir.

7ª ForMóbile — Feira Internacional de Fornecedores da Indústria de Móveis e Madeira (foto acima)
Local: Pavilhão do Anhembi, em São Paulo
Data: 26 a 29 de julho

Diversos protetores para o transporte e armazenamento de vidros puderam ser vistos no estande da Bonapel. Entre eles estiveram cantoneiras de polietileno expandido, material cujo acolchoamento garante maior resistência a impactos. A empresa também apresentou cantoneiras e calços de papelão. Mais informações: www.bonapel.com.br

Móveis de vidro foram usados pela Cristal Quality, beneficiadora com foco na indústria moveleira. A especialidade da empresa é sua linha de vidros pintados com laca (tinta formulada à base d’água, sem solventes), mas ela também fornece peças acidadas ou com baixo teor de ferro. Mais informações: www.cristalquality.com.br

A novidade da Montana Química foi a linha Lacksteel Metalizado — lançamento —, para a pintura de vidro. Além de conferir efeito metalizado às peças, o produto permite a criação de cores e tonalidades exclusivas, opção vantajosa para aplicação em móveis personalizados. A Montana também exibiu essa linha na Construsul. Mais informações: www.montana.com.br

As portas mostradas pela Roma Glass chamaram a atenção: além daquelas de vidros especiais (como argentatos, acidados, refletivos e pintados), a empresa também trabalha com portas compostas por diferentes materiais, como vidros laqueados, couro ecológico e perfis de alumínio. Mais informações: www.romaglass.com

 

Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo
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Local:
São Paulo Expo, em São Paulo
Data: 9 a 11 de agosto

Apesar do pouco espaço na 7ª Greenbuilding Brasil, o vidro não passou totalmente despercebido: a Eastman mostrou suas películas para o material, com destaque para a Vista VS61. A empresa informa que ela oferece alta taxa de transmissão luminosa e tem capacidade de rejeição de calor a qualquer tipo de vidro. Mais informações: www.eastman.com.br


19ª Construsul — Feira Internacional da Construção
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Local:
Fenac Centro de Eventos e Negócios, Novo Hamburgo (RS)
Data: 3 a 6 de agosto

A processadora gaúcha Multividros apresentou sua linha de laminados e multilaminados de controle solar e eficiência energética feitos com vidros da Guardian. Também foi mostrado um ensaio com vidro insulado em uma caixa acústica para demonstrar a redução da passagem sonora. Mais informações: www.multividros.ind.br

A Pró Vidros apresentou soluções integradas para arquitetura. Algumas delas foram sistemas de guarda-corpos para vidros, sistemas de envidraçamento de sacadas e perfis de alumínio com pintura reproduzindo o aspecto de madeira. Mais informações: www.providros.com.br

A Vonder aproveitou sua participação na Construsul para o pré-lançamento de seu Limpador Multiuso para Vidros. Segundo a empresa, trata-se de um produto biodegradável que pode ser usado para limpeza a seco, polimento, brilho e proteção de vidros e espelhos em carros, boxes de banheiro e outras aplicações. Mais informações: www.vonder.com.br

A linha Max Slider de portas de correr foi a principal novidade da Weiku do Brasil. As portas podem ter até 4,5 m de altura e possuem roldanas reforçadas na base para deslizamento suave. São indicadas para uso com vidros insulados, para garantir maior eficiência termoacústica aos ambientes. Mais informações: www.weiku.com.br

Fale com eles!
Construsul — www.feiraconstrusul.com.br
ForMóbile — www.feiraformobile.com.br
Greenbuilding Brasil — www.expogbcbrasil.org.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Nosso setor em festa

No dia 3 de setembro, no Clube Paineiras do Morumby, em São Paulo, entregou-se o Prêmio Destaque Anavidro 2016. Organizada anualmente pela Associação Nacional de Vidraçarias, a cerimônia contou com discurso do presidente nacional da entidade, José Miguel, o qual anunciou Cláudio Luiz Acedo como seu sucessor a partir de outubro. Carlos Henrique Mattar, ex-gerente de Marketing da Cebrace, foi homenageado pelos anos de dedicação ao mercado. Teve também apresentação musical, com a banda São Paulo Show. Ao todo, foram entregues troféus para empresas em quinze categorias diferentes, todas escolhidas a partir do voto popular. Conheça os vencedores a seguir.

1 - ArbaxRebolos e brocas para vidro
Ouro: Arbax
Prata: Poliglass
Bronze: Diamanlan

2 - GlassvetroAcessórios para vidro
Ouro: Glass Vetro
Prata: Pado
Bronze: WR Glass

3 - Space GlassDistribuidor de vidro
Ouro: Space Glass
Prata: Divibrás
Bronze: Pestana Vidros

4 - ALFábrica de ferragens
Ouro: AL Indústria
Prata: Multimetais
Bronze: Glasspeças

5 - Tec-Vidro‘Kits’ para boxe e instalação
Ouro: Tec-Vidro
Prata: Ideia Glass
Bronze: Orion

6 - Corte Certo‘Softwares’ e programas direcionados ao setor
Ouro: Corte Certo
Prata: Projeto Certo
Bronze: Glasscontrol

7 - AgmaqMáquinas e equipamentos para vidro
Ouro: Agmaq
Prata: Bottero
Bronze: Gusmão Representações

8 - MoldurarteMolduras
Ouro: Moldurarte
Prata: Casa Castro
Bronze: Molducolor

9 - DormaMolas para portas
Ouro: dorma+kaba
Prata: Soprano
Bronze: Meron

10 - AlumiplastPerfis de alumínio
Ouro: Alumiplast
Prata: SP Alumínio
Bronze: Olga Color

11 - dormakabaPortas automáticas, automação e controle
Ouro: dorma+kaba
Prata: Prime
Bronze: Edlei

12 - AdespecSelantes, gaxetas e adesivos (materiais para vedação)
Ouro: Adespec
Prata: Poliplás
Bronze: Dow Corning

13 - DivinalTêmperas de vidro
Ouro: Divinal Vidros
Prata: Tempermax
Bronze: Vitron

14 - PKOVidros laminados
Ouro: PKO
Prata: Divimax
Bronze: Laminar

15 - UnividrosVidros especiais
Ouro: Unividros
Prata: Cyberglass
Bronze: Fanavid


Fale com eles!

Anavidro — www.anavidro.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Palavra do leitor

Programa De Olho no Boxe
Wagner Gerone, São Paulo, SP — Excelente iniciativa, que nos ajuda muito na conscientização dos futuros profissionais. Parabéns a toda equipe da Abravidro.

Edição de agosto de ‘O Vidroplano’
Vipel, Tubarão, SC — Parabéns pelas excelentes matérias e conteúdos de extrema relevância para todo o mercado.

Normas técnicas
Ricardo Câmara (Central do Vidraceiro), Rio de Janeiro, RJ — Parabéns pelas matérias publicadas na edição 524 de O Vidroplano sobre as normas técnicas. Elas são de leitura simples e muito objetivas.

Nota da redação: Na última edição, nossa reportagem de capa, na página 26, abordou a nova versão da ABNT NBR 7199. Já a seção “Falando em normas”, na página 53, foi sobre a nova norma que o ABNT/CB-37 está elaborando para os vidraceiros.

Lançamento do módulo de PPCPE da Especialização Técnica Abravidro
Rafael Vicelli, Curitiba, PR — O curso é show de bola e é ministrado pelo instrutor-técnico Cláudio Lúcio da Silva, que sabe das coisas.

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Acontece

O Vivix Spelia, espelho da Vivix, subiu na passarela em sua nova campanha publicitária. De abrangência nacional, a peça usa o slogan “A grife do espelho” para fazer alusão ao mundo da moda, onde o produto está sempre presente. Para lançar a campanha, a usina investiu pesado: anunciou em duas páginas da revista Veja, do dia 7 de setembro. O mesmo anúncio pode ser visto nesta edição de O Vidroplano. Espelho, agora, também é fashion!

Festa em dobro na Fenzi! O tradicional grupo italiano de acessórios e selantes para vidro insulado completou 75 anos de vida. Além disso, a Fenzi South America, seu braço sul-americano, comemorou seu 20º aniversário. Muitos anos de vida para os colegas italianos.

Por falar em nosso continente, mudanças na gerência da Eastman na América Latina. Juan Moncada é o novo diretor-geral da região. Há 25 anos no grupo, Moncada vai trabalhar para fazer os negócios regionais da empresa crescerem. Boa sorte!

Quem também anunciou trocas na diretoria foi a Guardian. E, dessa vez, a mudança ocorreu aqui no Brasil: Renato Poty assumiu, interinamente, o cargo de diretor-executivo, que estava ocupado por Eduardo Borri desde julho de 2014. Ele está na empresa há onze anos e cuidava da diretoria financeira. Bons negócios, Poty!

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Pilkington inaugura loja de vidros automotivos em São Paulo

O braço automotivo da Pilkington, conhecido pela sigla AGR (Automotive Glass Replacement), ganhou uma loja na Zona Leste de São Paulo para atender o mercado de reposição de vidros automotivos. Inaugurado no dia 18 de agosto, com a presença de clientes e parceiros, o espaço é baseado no conceito small hub: conta com galpão menor para oferecer atendimento mais rápido ao cliente, com entrega em 24 horas, além de disponibilidade para retirada imediata dos produtos.

Mais informações: www.pilkington.com/en/br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Marca inova com móveis feitos de vidro

Quem passou pela Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo, nos dias 10 a 14 de agosto, conferiu algo inusitado em mobiliários: mesas e poltronas com diversos tamanhos e formatos, bem como uma estante e um aparador — todos de vidro, seja temperado, acidado, extra clear, entre outros tipos. As peças, da Glass11, marca de design exclusiva para móveis de vidro, foram exibidas no local durante a exposição TRANS aparências — Uma manifestação da realidade, parte do festival urbano Design Weekend.

Criada pelo empresário Matheus Primo, a Glass 11 alia a criatividade na área de mobiliários à tecnologia e evolução do vidro. Para isso, os designers Arthur de Mattos Casas, Camilla D’Anunziata, Carol Gay, Leo Di Caprio, Maria Alice de Carvalho e Zanini de Zanine foram convidados para assinar a primeira coleção da marca. A inauguração da exposição, no dia 10, contou com a presença de Primo e de todos os designers da coleção, cujas peças já se encontram à venda.

Mais informações: glass11.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Por um produto de acordo com as normas

Com quase trinta anos de experiência no mercado, a Têmpera Primos fornece vidros beneficiados para os setores de construção civil, decoração e moveleiro do Estado de Santa Catarina. No fim do ano passado, os clientes da empresa receberam uma excelente notícia: os temperados de 6, 8, 10 e 12 mm produzidos pela processadora foram certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ).

Melhorias no processo
Com a evolução do mercado vidreiro ao longo dos anos, os padrões de segurança aumentaram muito. “A certificação promove um ciclo evolutivo de melhorias dos processos de produção e no ambiente de trabalho”, define o diretor da empresa Denílson Bonfanti. “Não basta apenas oferecer o produto, mas, sim, mostrar que estamos focados na satisfação dos clientes.”

A adequação da produção da temperadora aos requisitos das normas durou cerca de quatro meses — o selo foi concedido em 18 de dezembro de 2015. “Obtivemos o selo sem nenhuma inconformidade”, explica, reforçando a presença ativa de Edweiss Miguel e Silva, consultor da Abravidro, ao longo do processo.

Comunicação aprimorada
A certificação sempre exige a participação de todos os funcionários. Com a Têmpera Primos, não foi diferente — focou-se muito na comunicação dentro da organização em todos os setores. E Bonfanti avisa: “As melhorias seguirão sendo aprimoradas, pois os controles são muito válidos para o aprimoramento de todo o processo interno”.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
Têmpera Primos — www.temperaprimos.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Um nível acima da concorrência

Há mais de duas décadas no setor vidreiro, a matriz da Mirandex se localiza em Ji-Paraná, Rondônia. Em 2015, visando a expandir sua presença no mercado para atender a crescente demanda por vidros na Região Norte, a empresa inaugurou uma filial na capital acreana Rio Branco. No último mês de maio, essa filial recebeu uma importante chancela para seus negócios: a certificação para temperados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ).

Negócios diferenciados
Para Marco Miranda, diretor da processadora, a certificação garante visibilidade maior para as companhias que se dispõem a participar do processo, “colocando-nos em um seleto grupo de empresas sérias e preocupadas com a qualidade e segurança dos produtos”. Com o mercado cada vez mais exigente, reflete Miranda, o selo abre portas para novas parcerias. Para seguir nesse caminho de confiabilidade, a filial já se prepara para outra certificação, a ISO 9001.

Empresa mobilizada
A preparação para a certificação durou cerca de dois meses. Como já possuía um sistema de qualidade, não houve problemas na assimilação dos novos processos. “Foi uma mobilização geral com os funcionários: todos se empenharam muito para aprender”, conta o diretor. Um técnico em gestão da produção industrial da matriz foi enviado para o Acre com o objetivo de organizar a filial antes dos ensaios finais. Vale lembrar que a matriz conquistou o selo em 2011, tendo recebido a consultoria oferecida pela Abravidro na época. Desta vez, no entanto, a filial não buscou o apoio da entidade.

Fale com eles!
Abravidro — www.abravidro.org.br
IFBQ — www.ifbauer.org.br
Inmetro — www.inmetro.gov.br
Mirandex — www.mirandex.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Tudo muda o tempo todo…

Não é simples ter compromisso com a vanguarda. Profissionalmente, quem se predispõe a permanecer sempre à frente precisa estar atento ao seu lado, ao outro lado do mundo, ao seu mercado, a outros mercados, ao seu cliente, ao cliente de outras empresas… Parece incansável! Mas, se tudo isso for muito bem-conectado e planejado, está dada a fórmula das grandes conquistas. Se fosse fácil, muitos alcançariam o sucesso, mas a vitória efetiva é reservada aos competentes e incansáveis, não tem jeito.

E você? Tem feito a si mesmo algumas provocações? Será que não está na hora de expandir os serviços de sua vidraçaria? De começar a trabalhar com novos materiais? Já avaliou outros mercados relacionados ao seu? Sim, eu sei que nessa rotina cada vez mais desafiadora e corrida de todos nós, fica muito difícil encontrar espaço para avaliações. Como pensar no ano que vem se precisamos mesmo é honrar os compromissos a serem cumpridos hoje? Não é fácil, mas é necessário.

A reportagem da seção “Para sua vidraçaria” pretende lhe despertar para essa reflexão, quem sabe até indicar alguns caminhos para sua análise. E, ao final, a conclusão pode até ser permanecer exatamente onde está, mas certamente com muito mais convicção — e pronto para uma reavaliação mais adiante —, pois, como diz uma conhecida canção, “tudo muda o tempo todo…”.

Grande abraço,

Celina Araujo
Editora

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Bernardinho e a difícil tarefa de mudar a si mesmo

Escrito por Silvio Celestino

Em uma entrevista, Bernardinho, treinador da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei, disse que teve de mudar seu jeito de lidar com os atletas para vencer as Olimpíadas de 2016. Esse grupo não reagia bem quando ele se agitava na ânsia de mexer com os brios e motivar os atletas — algo que caracteriza a sua carreira.

Essa é uma competência difícil de desenvolver em um líder: adaptação às circunstâncias e pessoas. Em geral, principalmente após um período de sucesso, acredita-se que encontrou a melhor maneira de ser com os liderados e que é ela a responsável exclusiva pelos resultados.

Mas as pessoas ou situações mudam, e insistir nos velhos hábitos resultará em frustração, raiva e desorientação. O líder deve ter capacidade de adaptação. Portanto, atenção às alterações no cenário.

Há elementos da realidade que você não controla
Uma crise econômica, uma lei que gera novos custos ou uma tecnologia que coloca sua empresa em rota de extinção: o líder deve estar atento a tudo que represente uma mudança no seu contexto. O gestor também tem de se interessar sobre as melhores maneiras de lidar com cada situação. Trabalhar sob pressão gera estresse na equipe no longo prazo, embora seja apropriado em momentos de crise e com funcionários problemáticos. Ser democrático ao tomar decisões é apropriado quando se deseja mais informações sobre a situação, mas demorado demais em momentos difíceis. Há um meio de ser para cada momento.

Adapte-se às situações
É admirável ver alguém como Bernardinho, um campeão, fazendo isso. Sem essa capacidade, você verá líderes esbravejando na intenção de motivar, mas, em alguns momentos, isso pode ser muito danoso à equipe. Adapte-se à situação e controle-se.

Você é o líder de sua própria vida
Embora não controlemos todas as situações, sempre podemos aceitá-las e integrá-las em nossas histórias, fazendo o possível para ter sucesso. Adultos toleram frustrações e se comportam da melhor maneira possível para atingir os resultados e ter o que desejam.

Bernardinho mais uma vez provou que um líder maduro deve sempre buscar seu desenvolvimento para cumprir seus propósitos, ser um exemplo aos demais e vencer. Vamos em frente!

Fale com eles!
Autor do livro ConveFotos: Marie Hippenmeyerrsa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira, Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching. www.alliancecoaching.com.br e www.facebook.com/Alliance CoachingBrasil

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Do jeito que está, não pode continuar!

Alexandre_pestana_EditorialA decisão do Senado Federal pela saída definitiva da presidente Dilma Rousseff, ocorrida no último 31 de agosto, é muito mais do que um marco histórico. Consolidou-se também a ruptura de um modelo econômico desastroso, que levou o Brasil à sua maior crise econômica de todos os tempos. Nesse período de dificuldades gravíssimas para todo o setor produtivo, renovamos a esperança de transformações estruturais — econômicas, políticas e sociais — que ofereçam condições mínimas para a viabilização de nossas atividades.

No setor vidreiro, verificamos a deterioração de toda a cadeia de valor. Assim como nos demais segmentos da economia, estamos sufocados por um arcabouço legal completamente arcaico. As exigências para funcionamento, as leis trabalhistas e tributárias e a infraestrutura inadequada exigem mudanças urgentes para o País reencontrar o caminho do crescimento.

Nesse cenário conflituoso, a nossa confusa legislação tributária gera grandes danos ao setor vidreiro. Como uma cadeia produtiva pode se organizar tendo algumas empresas suportando uma carga tributária superior a 30%, enquanto suas concorrentes assumem apenas 10%? A esse desequilíbrio, somam-se ainda opções desleais de alguns empresários, os quais se utilizam de manobras bem-conhecidas e condenadas pela fiscalização.

Diante dessa realidade tão preocupante em todas as regiões do Brasil, a diretoria da Abravidro concluiu que chegou a hora de pleitearmos políticas tributárias direcionadas ao mercado de vidros planos. Precisamos corrigir distorções e, principalmente, melhorar o equilíbrio e a competitividade entre as empresas. Pelo histórico de nossa entidade em torno do tema, somos cientes de sua complexidade. No entanto, disso depende a sobrevivência de centenas de empresas e milhares de empregos de nossa indústria de transformação.

Neste novo ciclo político, são grandes as expectativas de que o governo tenha uma porta aberta para o diálogo com a classe produtiva. Sabemos e defendemos a austeridade financeira exigida atualmente, mas nosso pleito não envolve renúncia fiscal — pelo contrário, precisamos apenas de reorganização e condições igualitárias de competitividade. Pode ser difícil, mas a Abravidro vai concentrar todos os esforços junto a esse objetivo. Afinal, temos uma certeza: do jeito que está, não pode continuar!

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Chegou a hora de a vidraçaria virar serralheria?

Até pouco tempo atrás, o vidraceiro era um profissional que trabalhava somente com o vidro. Aos poucos, os kits de instalação (como os de boxe) entraram na lista de serviços oferecidos. Hoje, é necessária mais uma reinvenção: trabalhar com esquadrias. Por isso, chegou o momento de se perguntar: vale a pena a vidraçaria virar também serralheria e, assim, oferecer ainda mais aos clientes? O Vidroplano conversou com especialistas para conseguir uma resposta.

Por que ser serralheiro?
O mercado dos pequenos vidraceiros, aos poucos, vem sendo tomado pelas serralherias. “Antigamente, o serralheiro era contratado para fabricar as esquadrias e o vidraceiro, para colocar o vidro. Hoje não funciona mais assim”, conta Alexandre Araújo, professor universitário, consultor e instrutor do Sebrae. Também diretor do Canal do Serralheiro, Araújo explica que o cliente está mais exigente, com pouco tempo e, por isso, prefere resolver todo o serviço com apenas um profissional.

“Nosso mercado não vende somente preço, mas, antes de tudo, conveniência, beleza e conforto ao cliente”, analisa Juan Gomes, responsável pelo Marketing da Fise (produtora de componentes para esquadrias). E reforça: “Encontrar um local com portfólio completo passa segurança ao consumidor”.

Existe ainda outra situação: a falta de conhecimento sobre a importância da relação entre o alumínio e o vidro. “Quando um vidraceiro inicia no ramo, ele nem imagina que boa parte de suas obras precisará de estruturas de alumínio”, recorda Ricardo Câmara, personal coach e diretor da Central do Vidraceiro, empresa especializada em formação de mão de obra para o setor vidreiro. “Devido à falta de conhecimento sobre serralheria, ele é obrigado a dispensar algumas obras”, completa.

Segundo o engenheiro Ângelo Arruda, diretor da Vidrosistemas, especializada em instalação de vidros, o mercado está segmentado por custo: existem as obras de valor baixo e apertado, de soluções econômicas, e os projetos caros, com alta tecnologia. “O vidraceiro tem de escolher o melhor nicho de trabalho baseado em sua capacidade”, aconselha.

Primeiros passos
Alan Bernardes, diretor da Alumake, desenvolvedora de softwares para esquadrias, aponta algumas ações para serem postas em prática pelo vidraceiro antes de ele se aventurar pelo mundo da serralheria:

  • Fazer uma pesquisa de mercado em sua região, considerando potenciais clientes, público-alvo, concorrentes e seus mercados atuantes;
  • Definir a linha de produtos com que irá trabalhar;
  • Verificar se seu local de trabalho comporta a demanda de mercado e as novas instalações necessárias para a atividade.

Rafael Nandi da Motta, diretor da processadora Vipel, chama a atenção ainda para a importância de o vidraceiro fazer parcerias com distribuidoras de vidro e fabricantes de perfis. Para isso, cita como exemplo a própria Vipel e a Alump, empresa de alumínio do grupo. “Damos todo o suporte ao profissional que se interessar em virar serralheiro”, afirma o diretor. “Oferecemos treinamento, apresentamos produtos e soluções e também damos acesso a fornecedores de máquinas e equipamentos.”

um_mercado_que_se_abre2 cópiaÉ preciso contratar mão de obra especializada?
Em primeiro lugar, o trabalho com esquadrias necessita de conhecimento técnico específico. Portanto, não basta “entender” sobre serralheria para se dar bem. A melhor solução é inscrever toda a equipe em treinamentos sobre o assunto.

Um exemplo de curso desse tipo pode ser encontrado em diversas unidades do Senai pelo País — entre em contato com a unidade de seu Estado para saber se o curso é ministrado no local. Trata-se do Curso de Qualificação Profissional Serralheiro de Alumínio, voltado para a fabricação de esquadrias para edificações. Sua carga horária é de 160 horas.

Mais uma dica esperta: a Abravidro traz em seu site (www.abravidro.org.br) uma agenda completa de treinamentos realizados nos quatro cantos do Brasil. Alguns deles são organizados por entidades do setor de alumínio, como a Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) e Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

Além dos cursos, é possível ainda contratar um serralheiro com experiência em corte, usinagem e montagem. Assim, esse profissional irá auxiliar a equipe nos processos industriais. Também é importante contar com um técnico especializado em orçamentos e projetos diferenciados.

Mas, afinal, vale a pena se tornar um serralheiro?
Um novo e crescente mercado vai se abrir para o vidraceiro quando começar a trabalhar como serralheiro. “A diversificação de negócios em uma empresa é um fator muito importante, pois, com isso, a vidraçaria passa a depender menos de um mercado só e sente menos suas oscilações”, reflete Rafael Motta, da Vipel. “É sempre bom lembrar que todo ramo tem seus riscos; portanto, o vidraceiro terá de dar um passo de cada vez”, analisa Ricardo Câmara, da Central do Vidraceiro. Antes de se jogar de cabeça nesse segmento, faça a lição de casa:

  • Avalie os riscos;
  • Analise em quanto tempo o investimento a ser feito poderá ser recuperado;
  • Calcule se vai conseguir atender a demanda.

Se as respostas estiveram dentro do que espera, bem-vindo ao mundo das esquadrias!

 

O que faz uma serralheria?
A serralheria faz o corte e a usinagem dos perfis de esquadrias. O espaço inclui:

  • Linha de montagem para a colagem dos vidros;
  • Setor de expedição e logística do material que será enviado para as obras pronto para ser instalado.

 

Um mercado que se abre
Quais obras o vidraceiro-serralheiro pode conseguir? “O mercado de serralheria de alumínio é muito grande: vai do portão automatizado às fachadas glazing”, explica Max Del Olmo, diretor da AL Indústria, vidraçaria até a década de 2000, quando passou a trabalhar exclusivamente com alumínio. Veja a seguir uma lista dos trabalhos mais importantes para o negócio. Os projetos podem ser de empreendimentos comerciais (pequeno e médio porte) e também de residências de alto padrão.

  • Instalação de fachadas;
  • Envidraçamento de sacadas;
  • Coberturas;
  • Claraboias fixas e/ou retráteis;
  • Guarda-corpos;
  • Portões e muros.

 

Qual o investimento a ser feito?
PrintAs fontes ouvidas pela equipe de O Vidroplano deram diferentes respostas a respeito do valor médio para esse tipo de investimento. Dependendo do tamanho do empreendimento, dos produtos que serão comercializados e do perfil de cliente que se quer atender, pode variar de R$ 15 mil a R$ 100 mil.

De acordo com a estimativa prática passada pelo consultor Alexandre Araújo: uma serralheria com capacidade para até 2 t de esquadrias por mês — ou com faturamento aproximado de R$ 140 mil mensais — teria um investimento de R$ 60 mil.

 

O que é necessário para virar uma serralheria?
Émerson Diniz, diretor-comercial da empresa de softwares W. Vetro, e Fernando Kappel, gerente de Operações da processadora Vidratto, listaram os itens mais relevantes para a atividade.

  • Equipamentos e maquinários
    • Estampo — Usado para usinagem dos perfis, faz furações, recortes e rasgos (para a passagem dos trilhos nas folhas de correr em janelas e portas, por exemplo);
    • Pantógrafo e entestadeira — Maquinários que também fazem usinagem e encaixes de fechaduras;
    • Furadeira de bancada;
    • Serra circula;
    • Mesas de montagem;
    • Ferramentas manuais — Martelo, chave de fenda, parafusadeira etc.;
    • Cavaletes — Para estoque de perfis e esquadrias prontas;
  • ‘Software’ de gestão
    Cuida do orçamento e do processo de produção, facilitando a elaboração dos pedidos e evitando desperdício de matéria-prima;
  • Veículos para transporte

 

Os cuidados a serem tomados no início dos negócios
Toda atividade comercial tem seus riscos. Antes de se tornar um serralheiro, siga os passos a seguir para aumentar as chances de ganhar dinheiro nesse ramo.

  • FAÇA A CORRETA ANÁLISE DOS CUSTOS
    Quando o cálculo dos custos operacionais não é feito, o profissional fará vendas baseadas em valores que não cobrem os gastos de produção. Por isso, considere a composição completa dos custos, incluindo matéria-prima, mão de obra, despesas fixas (eletricidade, água, aluguel etc.) e demais variantes;
  • O MOMENTO DA VENDA É CRUCIAL
    “Por ser uma área que trabalha com vendas técnicas, deve-se investir em pessoal comercial qualificado em entender as necessidades do cliente e ofertar a solução correta”, pontua a engenheira Priscila Oliveira de Andrade, gerente de Vendas da Kömmerling, que acrescenta: “Hoje, buscamos experiências ao comprar; portanto, o segredo é mudar a concepção de venda para atingir a excelência em atendimento”.
  • PEDIDO SEM DESPERDÍCIO
    O corte não otimizado do alumínio traz prejuízos em matéria-prima e financeiros. Afinal, o alumínio, uma vez cortado, não pode ser emendado. A solução está em softwares de gestão com módulos para a realização de pedidos que otimizam o processo de fabricação e diminuem drasticamente o desperdício. Além disso, esses sistemas ajudam em outras áreas. “A maior preocupação das empresas é com o caixa”, revela Celso Boderguini, gerente-comercial da Perfil Alumínio do Brasil, fabricante de perfis extrudados. “Então, uma gestão eficaz, aliada a rígido controle de custos, minimiza os riscos”.

 

O que dizem as normas técnicas?
A NBR 10821 — Esquadrias externas para edificações, norma técnica mais importante sobre esquadrias, cita os testes de desempenho para esses produtos, condições ideais de instalação e manutenção, entre outros assuntos.

A engenheira Fabíola Rago, consultora-técnica da Afeal, indica outros textos relevantes para o setor. “Se o vidraceiro seguir essas normas, estará no caminho correto”, afirma.

  • NBR 12609 — Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Anodização para fins arquitetônicos – Requisitos: trata do processo de anodização do alumínio;
  • NBR 14125 — Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Revestimento orgânico para fins arquitetônicos – Requisitos: sobre esquadrias pintadas;
  • NBR 15969 — Componentes para esquadrias: a respeito dos componentes de esquadrias (roldanas, escovas etc.);
  • NBR 13756 — Esquadrias de alumínio – Guarnição elastomérica em EPDM para vedação – Especificação: trata da vedação com guarnição EPDM;
  • NBR 15575 — Edificações habitacionais – Desempenho: norma de desempenho em edificações que também aborda o desempenho acústico e térmico das esquadrias.

 

Eles são vidraceiros e serralheiros
Ninguém melhor do que vidraceiros que já trilharam esse caminho para explicar como a mudança acontece.

A Casa Sulina, de Itajubá (MG), já tinha mais de vinte anos de experiência no setor vidreiro quando, em 1998, realizou sua primeira obra com esquadrias. Percebendo o crescimento da procura por esses produtos, especializou-se no assunto a partir de então. O investimento feito nesse momento não foi tão grande, mas aos poucos a empresa se adequou à tecnologia dos maquinários pneumáticos. Hoje, o foco de seus negócios está em projetos com temperados e alumínio. “É um trabalho gratificante, mas que demanda muita dedicação”, revela o gerente César Nabak. “A busca por conhecimento é muito importante, assim como o cuidado com o produto, principalmente no acabamento.”

 

Fale com eles!
AL Indústria — www.alindustria.com.br
Abal — www.abal.org.br
Afeal — www.afeal.com.br
Alumake — www.alumake.com.br
Alump — www.alump.com.br
Canal do Serralheiro — www.canaldoserralheiro.com.br
Casa Sulina — www.casasulina.com
Central do Vidraceiro — www.centraldovidraceiro.com.br
Fise — www.fise.com.br
Kömmerling — www.kommerling.com.br
Perfil Alumínio do Brasil — www.perfilcm.com.br
Vidratto — www.vidratto.com
Vidrosistemas — www.vidrosistemas.com.br
Vipel — www.vipel.ind.br
W. Vetro — www.wvetro.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

De Aracaju a Porto Alegre

Este mês, a seção “O vidro pelo Brasil” traz as novidades das últimas semanas em nada menos que sete Estados do País. Isso mostra que as oportunidades de capacitação são cada vez maiores — e, a julgar pelo número de pessoas participando das atividades a seguir, não falta gente interessada nelas. Confira mais detalhes nas próximas páginas!

 

Amvid-MG, em Belo Horizonte

vp_amvid1 cópiaPele de vidro com talento mineiro…
Nossa primeira parada nessa viagem pelo País é a capital mineira: nos dias 8 e 9 de agosto, a Amvid e a empresa Alclean, que lançou recentemente um kit com o mesmo nome para instalação de pele de vidro em obras de pequeno porte, promoveram o curso Sistema Glazing Alclean.

O instrutor Celso Freitas apresentou à turma, na sede da entidade mineira, o conjunto da Alclean, suas tipologias e aplicações, além de ensinar a elaborar orçamentos e aplicar as normas técnicas, entre outros assuntos. A instalação do kit também foi mostrada na prática.

…e oficinas variadas no MinasCon
vp_amvid2 cópiaA Amvid também realizou o 7º Tecnovidro, durante o MinasCon 2016 (13º Encontro Unificado da Cadeia Produtiva da Indústria da Construção), no Expominas. No total, o evento reuniu 210 vidraceiros e 198 especificadores: no dia 7, as atividades focaram os vidreiros das caravanas de Muriaé, Juiz de Fora e Patos de Minas, enquanto o dia 8 foi dedicado aos participantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Nos dois dias, oito oficinas trataram de assuntos como soluções térmicas, segurança, vidros decorativos e estratégias de negociação, incluindo um grupo de teatro. O 7º Tecnovidro teve patrocínio das usinas de base AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, União Brasileira de Vidros (UBV) e Vivix, além do apoio do Sebrae, Sesi, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Contagem Alumínio.

 

Abravid-DF, em Brasília
vp_abravid cópiaComo ter sucesso no mercado atual?
Do Sudeste, passamos para a capital do País: lá, no dia 12 de agosto, a Abravid reuniu profissionais vidreiros no workshop Painel Moderado para debater o futuro do mercado. O evento contou com o patrocínio das usinas de base AGC, Cebrace, Guardian, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix. Em meio a temas como normalização e segurança, destacou-se a venda de vidros com valor agregado: segundo as discussões, o vidraceiro precisa ser o elo entre o cliente final e o produto a ser vendido, estar sempre bem-informado e conhecer os vidros a serem especificados.

 

Sindividros-RS, em Porto Alegre
vp_rs-sindividros cópiaEntendendo melhor a gestão empresarial
Um dia depois, na Região Sul, o Sindividros-RS organizou o curso Gestão Empresarial, para vidraçarias e serralherias. A atividade, realizada no Milão Hotel, faz parte do projeto Qualividros – Qualificar para transformar.

A aula ficou a cargo de Alexandre Araújo. Consultor e instrutor do Sebrae, ele ajudou os participantes a analisar as forças e fraquezas no ambiente interno de uma empresa e também as oportunidades e ameaças fora dela, para que todos entendessem a gestão de um negócio e como elaborar um plano de ação.

 

Adevibase-BA/SE, em Aracaju
Para a instalação correta de fachadas envidraçadas
No Nordeste também não faltou vp_adevibase cópiaespecialização em fachadas. Nos dias 19 e 20 de agosto, 22 profissionais participaram do curso Fachada Pele de Vidro – Sistema Glazing, realizado pela Adevibase no Aracaju Praia Hotel. Foram apresentados os tipos de fachada e seu manuseio, cálculo de projeto e instalação. As usinas Cebrace e Vivix — patrocinadoras do curso juntamente com a AGC, Guardian, Saint-Gobain Glass e UBV — também palestraram sobre seus produtos.

 

Sincomavi-SP, em São Paulo
vp_sincomavi cópiaO caminho certo para o vidro
De volta ao Sudeste, o Sincomavi organizou o curso Logística no Comércio Varejista em São Paulo. As aulas aconteceram nos dias 23 e 31 de agosto, além de 1º de setembro. Anderson Ozawa, professor do curso, falou sobre formação e giro de estoque, administração de prazos de entrega, controle de pedidos e planos de emergência, entre outros temas importantes para a organização da cadeia logística no varejo.

 

Sindividros-ES, em Cachoeiro do Itapemirim
vp_es-sindividros cópiaDo envidraçamento de sacadas às molas para porta de vidro
Nos dias 26 e 27 de agosto, o Sindividros-ES realizou a Oficina do Vidro – Encontro de Capacitação em Vidro no Centro Integrado Sesi/Senai de Cachoeiro do Itapemirim. A Abravidro foi apoiadora, juntamente com o Sebrae e Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Os 120 participantes da oficina puderam escolher entre os cursos de envidraçamento de sacadas, fachada pele de vidro e instalação de portas com molas Dorma — que, aliás, fez parte do time de patrocinadores do evento ao lado da AGC, Alclean, Cebrace, Diamanfer, Guardian, Perfil Alumínio do Brasil, Saint-Gobain Glass, Tec-Vidro, UBV e Vivix.

 

Ascevi-SC, em Joinville
Abravidro leva normas técnicas a treinamento
vp_ascevi cópiaNossa última parada nessa viagem é na cidade de Joinville, onde o 3º Qualifique e Sirva-se foi promovido pela Ascevi em 27 de agosto, juntando capacitação e confraternização com feijoada. Vera Andrade (foto), coordenadora-técnica da Abravidro, palestrou aos 215 participantes na Associação Atlética Banco do Brasil sobre as vantagens da aplicação correta das normas técnicas no dia a dia do vidraceiro. A recém-revisada NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações e a NBR 14207 — Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança foram destacadas por Vera, além de falar sobre o programa De Olho no Boxe. O evento também contou com apresentações das empresas Cebrace, Guardian, Real Vidros, Saint-Gobain Glass, UBV e Vivix.

Fale com eles!
Abravid-DF — www.abravid.com.br
Adevibase-BA/SE — adevibase.org.br
Amvid-MG — www.amvid.org.br
Ascevi-SC — www.ascevi.com.br
Sincomavi-SP — www.sincomavi.org.br
Sindividros-ES — sindividros@gmail.com
Sindividros-RS — www.sindividrosrs.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Norma de blindados deve ser dividida em partes

A revisão que estamos fazendo na NBR 15000 — Blindagens para impactos balísticos possui alguns pontos essenciais. Um deles é a criação de uma família de normas, tratando de pontos que complementam a norma atual. Também pretendemos atualizar os ensaios a que os produtos são submetidos. A seguir, resumo o andamento dos nossos trabalhos.

Divisão do texto
Desmembrar a norma em várias partes vai nos ajudar a abordar todos os aspectos da blindagem balística, como os de proteção da vida humana e dos bens de propriedades de terceiros, e também da “blindagem arquitetônica” (instalações fixas e autotransportáveis). Com isso, a previsão é de que a NBR 15000 ganhe uma parte específica para terminologia e outra para materiais e ensaios.

Existe também a intenção de se criar a terceira parte, voltada para ensaios em dispositivos de resistência balística.

Ensaios atualizados
A revisão dos ensaios é o outro foco. A ideia principal é estabelecer procedimentos perfeitamente executáveis, sem fazer com que os produtos percam suas características de proteção ao consumidor final. As variações de temperatura nas faces dos vidros durante os testes, por exemplo, estão sendo retiradas do texto.

Christian Conde, vice-presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), voluntário importante no trabalho sendo desenvolvido, relembra outros pontos do novo conteúdo da norma. “Os ensaios de material opaco flexível tiveram alteração na preparação das amostras”, revela, acrescentando que serão ensaiados de forma stand alone — ou seja, sem nenhum material adicional conjugado, como o aço do automóvel agregado a painéis balísticos em blindagens automotivas. “Haverá ainda ampliação de níveis na tabela de proteção balística alternativa”, alerta.

Serão introduzidos também tópicos para auxiliar na elaboração desses ensaios, facilitando a repetição dos testes em qualquer laboratório (já que, hoje, somente o Exército pode realizá-los), como suportes de corpo de prova e moldura para corpos de prova flexíveis.

Expectativa para conclusão
A revisão se desenvolve dentro do esperado, com uma reunião da comissão de estudos por mês. Esse processo é bastante normal, inclusive pela importância do assunto e dificuldade para obtenção de consenso em todos os seus aspectos. Há expectativa de finalizarmos os trabalhos no primeiro semestre de 2017.

No momento, estamos trabalhando apenas nos aspectos relacionados aos materiais que apresentam propriedades de blindagem balística, principalmente na questão de testes de desempenho.

Atenção, pequenas e microempresas:
Vocês podem adquirir normas técnicas por 1/3 do valor cheio por meio da parceria da ABNT com o Sebrae. Para mais informações, acesse: abntcatalogo.com.br/sebrae

PAISANOEscrito por: General Paulo Benedito Pacheco, coordenador da Comissão de Estudos

Fale com eles!
Abravidro — Tel. (11) 3873-9908 e cb37@abnt.org.br
ABNT — www.abnt.org.br

 

 

Este texto foi originalmente publicado na edição 525 (setembro de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui