WhatsApp para empresas: 4 situações em que ele é essencial

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Escrito por Eder Carnielli

Inovar no seu negócio é o ponto de partida para se diferenciar da concorrência. Ao usar novas estratégias, você, automaticamente, passa uma imagem positiva para seus clientes. Se, para isso, puder investir o mínimo possível, melhor ainda.

Esse é o caso do uso do WhatsApp para o relacionamento com os clientes. Os únicos investimentos que sua companhia precisará fazer para lançar mão dessa ferramenta são em um smartphone e em uma boa conexão com a Internet — isso se vocês já não os tiverem.  Ciente disso, veja em quais casos sua companhia deve usar o aplicativo para manter contatos:

1. Propaganda
Se sua empresa já faz algum tipo de propaganda, seja ela em rádio, jornal, revista, televisão ou até mesmo na Internet, adicione nas peças publicitárias o número que vocês utilizam no WhatsApp. Essa é uma maneira eficiente de divulgar esse tipo de atendimento ao público.

2. Atendimento
Além de, como disse no ponto anterior, divulgar o número, informe as vantagens que o cliente tem ao usar esse canal de comunicação para ser atendido por sua equipe. E, importante, ofereça facilidades. Por exemplo: “Chame-nos e seja atendido de maneira mais rápida
e prática”.

3. Vendas
O WhatsApp permite a comunicação multimídia — por meio de texto, voz, imagem e vídeo. Imagine a quantidade de ofertas que podem chegar ao seu cliente usando esses meios. Você pode, por exemplo, colocar uma simples frase para promover as vendas com preços especiais, ou ainda mostrar mais imagens (em fotos ou vídeos) de seus produtos, ou também esclarecer as dúvidas que podem surgir com mensagens de voz. Use toda a sua criatividade nesse momento de venda.

4. Pós-venda
Você vendeu um produto ou serviço com o WhatsApp. Ótimo! Mas o aplicativo também pode ser útil no pós-venda, etapa  que não pode ser negligenciada pelas empresas. Por meio da ferramenta, é possível receber críticas, sugestões, dúvidas e impressões de quem  realmente conhece o seu negócio. Estas, por sua vez, podem ser exploradas de várias maneiras posteriormente. Lembre-se do que diz Larry Page, CEO do Google. “Concentre-se no cliente e tudo mais virá”.

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Eder Carnielli é engenheiro mecatrônico e especialista em empreendedorismo. É consultor empresarial para ações na Internet. www.edercarnielli.com.br

Um dever da indústria

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Neste mês, a coluna “Falando em normas” trata de um assunto de extrema relevância para o setor: a marcação do vidro temperado. Mesmo sendo um requisito da ABNT NBR 14698 – Vidro Temperado, nem todos os fabricantes inserem seu nome no material — a equipe de O Vidroplano, inclusive, já fez uma reportagem sobre marcação de vidros na edição de julho de 2012 (nº 475), disponível para leitura digital em nosso site: www.ovidroplano.com.br.

Obrigação de todos 
A NBR 14698 estabelece que toda peça de vidro temperado deve ser marcada com a identificação do fabricante de forma indelével — ou seja, a marcação não pode se soltar do vidro. Por ser um requisito da norma, isso não é uma opção, mas sim um dever da indústria.

Além disso, a identificação é importante, pois ajuda a diferenciar, claramente, um vidro de segurança de um comum. Em algumas aplicações nas quais o vidro temperado é exigido, a marcação indica se foi utilizado o material correto.

Sem contraindicação
Alguns temperadores, em especial aqueles que fornecem para a indústria moveleira, afirmam que o cliente não aceita vidros com a identificação da empresa, alegando que o aspecto estético do móvel poderia ser prejudicado. No entanto, para contornar esse problema, a identificação pode ser colocada na borda, junto à espessura da peça, uma vez que a norma não especifica o local exato para a marcação.

Vale citar ainda que colocar a marca no vidro é divulgar a empresa para os consumidores, o que demonstra confiança na qualidade de seu produto.

Certificação também é segurança
Por falar em qualidade e diferencial de mercado, é importante reafirmar o papel da certificação do vidro temperado. Ela é uma forma de garantir a confiabilidade do produto, além de eliminar desperdícios e reduzir custos de produção por meio de um maior controle dos processos.

Ficou interessado? A Abravidro oferece consultoria gratuita para seus associados, com o objetivo de auxiliar no processo de certificação. Portanto, conte conosco para conquistar a chancela que atesta a segurança dos temperados e abre portas para mercados mais rigorosos.

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Acabamentos na pauta do dia

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De 1º a 4 de março, o Transamerica Expo Center, em São Paulo, recebeu a Expo Revestir. Em sua 14ª edição, ela é uma das principais feiras sobre acabamentos da América Latina. Mais de 230 expositores apresentaram seus produtos a mais de 63 mil visitantes em uma área de 40 mil m². O vidro também se fez presente, assim como nos anos anteriores da mostra, embora de forma tímida se comparada à grandiosidade do evento.

O visitante interessado em nosso material viu um importante anúncio da Cebrace. Algumas processadoras, parceiras da Cebrace no projeto anunciado durante a feira, também marcaram presença. Foi o caso da Vidrosistemas, associada à Abravidro. Em conversa com nossa reportagem, Fernando Kabata, engenheiro de Planejamento de Obras da empresa, comemorou a parceria, explicando que ela vem ao encontro do trabalho da processadora para atender às mais variadas necessidades de seus clientes.

Voltando à mostra, os visitantes conferiram ainda outros produtos relacionados ao setor, incluindo pastilhas, portas e janelas antirruídos, torneiras e misturadores que podem ser instalados em bancadas envidraçadas, além de cooktops e coifas com vitrocerâmico (material altamente resistente a choques térmicos, temperaturas altas e peso).

Veja a seguir algumas novidades que a equipe de O Vidroplano encontrou nos estandes da feira.

Vivânce foi a palavra mais falada no estande da Cebrace. Afinal, esse é o nome da nova marca da empresa, revelada em primeira mão durante a feira. Todos os produtos da fabricante indicados para uso na decoração agora fazem parte da marca, incluindo o Espelho Cebrace, Coverglass (vidro pintado), Diamant (extra clear), Optiview (antirreflexo), Prisma (extragrosso) e Reflecta (refletivo). O estande tinha diversas aplicações desses materiais, com destaque para o telão suspenso por cabos, feito de Diamant laminado com PVC opaco (foto à esq.) ; a estante com revestimento de Coverglass vermelho e porta de Reflecta incolor; o mosaico de Coverglass preto e fórmica em uma das paredes; e a mesa de Prisma. A Cebrace divulgou ainda a criação de parcerias com processadoras e distribuidoras, cujo objetivo é mostrar as várias possibilidades de uso dos vidros a arquitetos e engenheiros. Mais informações: www.cebrace.com.br

A Astra levou à Expo Revestir o espelho Acessibilidade, espelheira que permite inclinar a peça em até 10 graus para cima ou para baixo, de acordo com a necessidade do usuário, o que facilita a visualização para crianças, idosos ou pessoas com deficiência. Destaque também para o espelho Bonito (com dimensões de 150 x 72 cm e bordas bisotadas com proteção antioxidação) e os gabinetes Apolo (15 mm, branco, com mistura de vidro e pó de pedra) e William (com temperado preto 12 mm). Mais informações: www.astra-sa.com.br

O NT70, da Crystalcor, é um produto à base d’água usado para a limpeza e impermeabilização de qualquer tipo de vidro e espelho. Segundo a empresa, pode ser aplicado em boxes de banheiro, janelas, janelas de carro e também em grandes aplicações, como fachadas, por exemplo. Mais informações: www.performance.eco.br

Um dos grandes destaques (literalmente) da Atenua Som foi a porta antirruído de grande dimensão, disponível em até 3,20 m de altura (o modelo no estande tinha 2,80 m): ela apresenta design minimalista, com pouco uso de perfis, para proporcionar maior interação visual entre os ambientes interno e externo sem deixar de garantir um excelente isolamento do ruído. A empresa também exibiu sua janela antirruído de correr vertical (para uso recomendado com laminados 6 ou 8 mm) — que permite a parada das folhas em qualquer posição sem que a guilhotina caia sobre as mãos do usuário — e o vidro polarizado, peça laminada com um filme de cristal líquido conectado à corrente elétrica: seu acionamento permite deixar o vidro transparente ou opaco. Mais informações: atenuasom.com.br

Eletrodomésticos com vidro marcaram o espaço da Elettromec. A coifa Magma, por exemplo, apresenta acabamento temperado na cor vermelha, além de contar com iluminação em LED, função timer e comando touch. As adegas trazem portas com tecnologia low-e (vidro de baixa emissividade), minimizando a condensação de vapor d’água. Nosso material se fez presente ainda em produtos como os fornos da linha Nero, Luce e Massima, com opções de modelos com portas de vidro duplo ou triplo (há possibilidade de remoção das folhas para limpeza) e revestimento de temperado preto no painel, contando com comando digital ou eletrônico, e nos cooktops Vetro (a gás), Vitrocerâmico (elétrico) e Indução (elétrico). Mais informações: elettromec.com.br

A Doka apresentou sua nova linha de espelhos clássicos, com cinco opções de modelo, como o Park. Todos têm molduras nas opções preta e branca com acabamento manual delicado e apresentam alta resistência à umidade e proliferação de mofos e fungos. O estande da empresa também exibiu um espelho de piso que não precisa ser fixado à parede. Mais informações: www.banheirasdoka.com.br

Na entrada do estande da Hansgrohe, os grandes chuveiros da linha Rainmaker Select chamavam a atenção: a superfície por onde a água cai é feita de vidro temperado branco (com comprimento de 46 a até 58 cm), com todos os furos no material feitos a laser de precisão. Temperados (nas opções branca e preta) também compunham a superfície dos sistemas de acionamento de chuveiro ShowerSelect Glass, permitindo abrir e fechar a água com o simples toque de um botão. Mais informações: www.hansgrohe.com.br

A Kohler levou arte ao pavilhão de exposições. A linha Artists Edition de cubas artesanais de vidro é marcada pela sofisticação de seus itens, indicados para banheiros e lavabos. O modelo Briolette (foto) é inspirado em formas geométricas retas, enquanto o Lavinia se diferencia pela textura ondulada do vidro. Vale citar ainda o Spun e o Kallos, este último inspirado na arte grega. Mais informações: br.kohler.com

O vitrocerâmico branco da Coifa Juliet 90, da Tramontina, oferece uma estética limpa e sóbria às cozinhas em que será instalada. Possui ainda comando touch de três velocidades, timer e lâmpadas LED. A empresa mostrou vários eletrodomésticos com nosso material, como o cooktop a gás Brasil 5GG TRI 70 que leva vidro temperado. Vale citar também o Vitro Grill Design, feito de aço inox e superfície vitrocerâmica. Mais informações: www.tramontina.com.br

Pastilhas de vidro: formatos e cores variadas
A Expo Revestir é reconhecida por apresentar diversas soluções construtivas usando-se pastilhas de vidros. Neste ano, não foi diferente. A Colormix mostrou a linha Hexagonal, com espessura de 4 mm — também foi mostrada a linha Nanomosaico, com peças pequenas, criada pelo designer Paulo Mutza. Dentre as novidades da Dune em mosaicos de vidro destacaram-se a Gilded e a Tinsel, com aplicação de folhas de ouro e prata, respectivamente, além do revestimento Identity Glass, de grandes dimensões. O principal lançamento da Glass Mosaic foi a linha Matisse, que possui peças de vidro (6 mm de espessura) e mármore e está disponível em variados tamanhos.

No estande da Level Acabamentos, havia um grande mosaico, chamado Bonaparte Wall. Criado pelo arquiteto e designer Carlo Dal Bianco, o trabalho ganhou pastilhas italianas da Bizassa, empresa representada pela Level no Brasil. A Obra Vítrea revelou ao público as linhas Rupestre (6 mm, importada, com decoração em serigrafia) e Madeira (4 mm, de fabricação nacional), enquanto a Vetro Designer exibiu suas pastilhas exclusivas da série Bolhas, feitas com vidro pintado e recozido.

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Expo Revestir — www.exporevestir.com.br

Acontece

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Para sair da crise, o setor percebeu que o que não pode faltar é atitude! Para isso, nada melhor do que colocar novos produtos no mercado. A Glass Vetro não perdeu tempo e mandou para a praça o Spider IV, que acabou de sair do forno. Indicado para a construção civil e arquitetura, ele é a aposta da empresa para instalação de vidros em fachadas, vitrinas e estandes, entre outras aplicações.

Quem também possui novidades é a Casavitra, do Grupo Tecnovidro. Uma nova linha de cooktops, chamada Excellence, vai animar quem se interessa por arte na cozinha. Os produtos ganharam quatro estampas serigrafadas e oito opções de cores e design. É isso aí, pessoal, o que não podemos é ficar parados!

Marcelo Machado é o novo gerente-geral da Saint-Gobain Glass

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O posto de Gustavo Luiz de Jesus Siqueira por pouco mais de um ano (gerente-geral) na Saint-Gobain Glass (SGG) agora é de Marcelo Machado. Siqueira terá um lugar na direção-geral da Saint-Gobain Canalização. Formado em ciências contábeis e análise de sistemas, Machado, que passou por várias empresas do Grupo Saint-Gobain, será o responsável pela administração, desenvolvimento e definição das estratégias da empresa. Além disso, vai trabalhar também para fortalecer o posicionamento do vidro impresso e identificar novos
mercados de atuação. “A Saint-Gobain é um grupo muito sólido e estruturado”, comenta Machado.

“As alterações de executivos ocorrem de forma planejada para que possam sempre agregar ainda mais novas possibilidades para o desenvolvimento do mercado”. Mais informações: br.saint-gobain-glass.com

Entidades regionais: Sincomavi-SP e Amvid-MG promovem atividades. Adevibase-BA/SE assina convenção coletiva

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No dia 24 de fevereiro, cerca de trinta pessoas foram ao Sincomavi-SP, em São Paulo, para assistir à palestra Eficiência empresarial: diagnóstico, planejamento e ação. A apresentação foi realizada por Luciano Santana, diretor da Malv Qualidade e Consultoria. Mais informações: www.sincomavi.org.br

Como os vidros refletivos são feitos?
A Amvid-MG também mobilizou seus associados. No dia 5 de março, uma caravana de 33 profissionais vidreiros conheceu a fábrica da Guardian, em Porto Real (RJ). Após assistir à palestra sobre a história e os produtos da empresa, os visitantes conferiram o processo de fabricação dos vidros refletivos, em que etapas físicas e químicas permitem a criação da lâmina refletora em uma das camadas da chapa. Mais informações: www.amvid.com.br

Na Bahia, convenção coletiva de trabalho assinada
Em janeiro, foi assinada, em Salvador, a Convenção Coletiva de Trabalho 2016 da categoria vidreira. O documento é resultado das negociações conduzidas entre a Adevibase-BA/SE, representando a categoria patronal, e o Sintravi-BA, que reúne os trabalhadores. Para a Adevibase, esse foi apenas seu primeiro passo após a junção das indústrias do Estado da Bahia para a constituição e fundação do sindicato patronal da categoria, o Sindvidros-BA. Atualmente, o sindicato encontra-se em fase de registro junto aos órgãos
competentes. Mais informações: secretaria@adevibase.org.br

Speed Door apresenta novo modelo de porta automática

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O modelo S806 CA de porta automática é a novidade da Speed Door no mercado. Seu motor, o Brushless, suporta até 200 kg e garante controle de acesso por meio de trava eletromagnética. O lançamento possui ainda acessórios como nobreak, para o mecanismo funcionar mesmo em caso de falta de energia elétrica, e sistema antipânico eletrônico.

Outras características: suportes de sustentação das folhas de vidro móveis feitas de aço galvanizado, roldanas de náilon com rolamentos e antigalopantes — para não sair do trilho — e comando eletrônico para regulagem do tempo de abertura da porta e de outras funções. O produto dispõe ainda de transmissão por correia sincronizada, bateria de 12 V e dois modelos de trilhos.

A Speed Door atua no mercado de soluções de acessibilidade há 27 anos, tendo sido uma das pioneiras no Brasil a disponibilizar portas automáticas. Além de consultoria-técnica para especificação de projetos, a empresa também oferece serviços de manutenção.

Indo ao encontro do que O Vidroplano publicou sobre portas automáticas na edição passada (nº 518), na seção ‘Para sua vidraçaria’,  Fábio Prandini, diretor-comercial da empresa, vê um grande potencial de crescimento do produto no Brasil. “Devido à crise econômica, além de nossas portas feitas no exterior pela Dortex e adequadas ao mercado brasileiro, estamos comercializando um produto nacional de ponta, com valores significativos para as vidraçarias”, informa. A empresa também representa outras fabricantes internacionais, de alta sofisticação, como a BEA e a Boon Edam.

Vidro em edificações: você tem teto de vidro?

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

O leitor de O Vidroplano que acompanha nossas reportagens sobre arquitetura e construção civil já notou a forte tendência, que não é recente, de uso do vidro em edificações. Nosso material está nas fachadas, nos pisos e em elementos estruturais. Agora, devemos começar também a olhar pra cima para procurá-lo: coberturas envidraçadas oferecem segurança e diferencial estético único, ganhando espaço em projetos ao redor do País.

A equipe da revista conversou com profissionais do setor sobre os segredos dessas estruturas e os repassa nesta edição: qual é o vidro certo a ser usado e como especificá-lo, além de dicas para instalação e manutenção e de cases espalhados pelo País.

As vantagens
SEGURANÇA — Por serem feitas com vidros de segurança (saiba mais no quadro da pág. 46), as coberturas garantem totalmente a integridade física das pessoas que estão embaixo da estrutura;

VIDA ÚTIL DO VIDRO — O produto instalado corretamente mantém suas características mesmo após anos de uso e de exposição às mais variadas condições climáticas;

LEVEZA — Comparados com os materiais usados em uma laje convencional, os vidros podem significar uma estrutura mais leve;

TRANSPARÊNCIA — Estudos psicológicos comprovam que as pessoas se sentem (e trabalham) melhor em ambientes iluminados naturalmente ou integrados com o meio externo. “As coberturas de vidro são em geral utilizadas quando o ambiente requer iluminação natural zenital, ou seja, uma iluminação bem-distribuída e vinda da parte superior do ambiente”, analisa Tito Lívio, professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie;

ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA — Com a luz natural, a eletricidade se faz menos necessária;

INTEGRAÇÃO COM O AMBIENTE EXTERNO — Oferecem a sensação de maior amplitude ao espaço;

CONFORTO TÉRMICO E ACÚSTICO — Dependendo da especificação do vidro, o material pode trazer proteção contra raios ultravioleta (UV) e barrar barulhos vindos de fora do ambiente.

Hora de especificar: como fazer?
A estrutura não deve ser pensada como algo independente do restante da construção. “A cobertura de vidro deverá estar integrada à obra desde o início da concepção do projeto”, afirma a gerente de Produtos da Vivix, Viviane Moscoso.

Se a cobertura for um retrofit, ou seja, uma atualização ou reforma da obra, o projeto original deverá ser alterado e os ajustes, aprovados pelos engenheiros responsáveis. Na hora de pensar a estrutura, deve-se atentar aos seguintes pontos:

Escolhendo o vidro
Lamartiny Gomes, gerente de Produtos da Guardian, relembra a questão mais básica da especificação: “Primeiro, deve-se ter em mente qual o uso do local abaixo da cobertura”. Com os diferentes tipos de vidro existentes, a escolha pode ser baseada nos níveis de transmissão luminosa desejados e nas cores das peças — lembrando sempre que deverá ser laminado ou aramado.

Determinando a dimensão das peças
O dimensionamento da chapa, no que tange às suas dimensões de largura e comprimento, tem influência direta no aproveitamento do produto no processo de corte. Uma possível área não aproveitada é normalmente incluída no preço final do metro quadrado a ser vendido. “Por meio de um trabalho forte junto a projetistas, é possível reduzir drasticamente o preço final”, comenta Remy Dufrayer, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace.

Cálculo da espessura do vidro
Essencial para a segurança do conjunto, o cálculo é determinado por uma combinação de fatores, como dimensão das peças, número de apoios e esforços a que essas peças serão submetidas (pressão do vento, por exemplo). Isso vai depender, claro, de projeto para projeto. Porém, existem ferramentas para facilitar a vida dos profissionais do setor. A Cebrace, por exemplo, possui um software em seu site Que faz o cálculo. Ele está disponível no seguinte endereço: www.cebrace.com.br/#!/simulador/calculo-de-espessura.

Inclinação
“A falta de inclinação pode comprometer o desempenho e a durabilidade do vidro por questões relacionadas ao acúmulo de sujeira e umidade”, explica o gerentede Projetos da Divinal Vidros, Leandro Gonçalves Pedroso. Projetos com vidros autolimpantes também precisam de inclinação. “Consideramos um mínimo de 3% para evitar problemas”, revela José Guilherme Aceto, diretor da Avec Design.

Qual vidro deve ser usado?
Direto e reto: segundo a NBR 7199 — Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil, sempre que o produto for aplicado
em coberturas, ele deve ser laminado ou aramado. No caso dos laminados, em uma possível quebra ou trinca (durante uma chuva de granizo extremamente intensa, por exemplo), os cacos ficam retidos em sua estrutura e não se espalham pelo ambiente. Normas estrangeiras, que não são obrigatórias no Brasil, vão ainda mais longe: a americana ASTM determina o uso de vidros com espessura mínima de 10 mm e PVB duplo (0,76 mm de espessura).

Mãos na massa: os cuidados com a instalação
– Sempre faça a medição in loco — nunca tire um pedido de vidro sem ir até o local verificar se as medidas estão realmente corretas e se há como instalar o vidro através dos vãos existentes. Também veja qual maquinário e quantas pessoas serão necessários para instalar, por onde o vidro entra e por onde ele sobe etc.;
– Os esforços da estrutura não devem ser transmitidos ao vidro. “O contato entre o produto e as partes fixas deve ser intermediado por um corpo mais mole”, comenta Remy Dufrayer, da Cebrace. Materiais como EPDM (borracha de etileno-propileno) são indicados: devem ser instalados em espaços apropriados nos perfis, fazendo com que o vidro não encoste em elementos duros do conjunto;
– Folgas para dilatação do vidro e dos perfis são necessárias. No entanto, o tamanho delas vai depender do sistema construtivo utilizado. O coeficiente de dilatação linear do vidro é pequeno. Aço e alumínio dilatam muito mais e são, em grande parte dos casos, os culpados pela quebra espontânea do nosso material, ao “esmagar” o vidro.
– Testar e se certificar se todas as ancoragens mecânicas estão corretas e se não existem fraturas em pilares ou pontos de fixação.

Vedação: sua garantia é fundamental!
Um dos principais problemas em coberturas de vidro é a falta de estanquidade à água causada pela aplicação malfeita dos selantes. Por isso, alguns cuidados básicos devem ser tomados para evitar que o problema aconteça. Preencha todo o perímetro da peça, de forma a evitar acúmulo de sujeira e umidade quando o conjunto estiver pronto. Sistemas structural glazing, formados por vidros pré-colados em quadros com silicone estrutural, são uma solução recomendada para esse tipo de estrutura.

Limpeza: fundamental para as propriedades do vidro
O projeto de cobertura precisa prever pontos para serem fixados cintos de segurança e cabos usados pelos profissionais responsáveis pela limpeza. Água e sabão neutro bastam para remover impurezas. A periodicidade da tarefa vai depender da condição dos vidros. “Mas não deve ser um período muito longo. Após um ou dois anos sem limpeza, o vidro pode oxidar, perdendo o brilho”, revela José Guilherme Aceto, da Avec Design.

A estrutura que suporta o vidro não pode ser esquecida. “Se for de aço inox, é aconselhável usar apenas água”, explica João Rett, membro do Departamento Técnico da Glass Vetro.

Uma solução para aumentar a vida útil do material é a aplicação de revestimentos para proteção. A Abrasipa, por exemplo, possui o Enduro Shield, com nanotecnologia que cria uma película na superfície envidraçada, diminuindo a necessidade de limpeza sem fazê-la perder sua textura natural.

Outra possibilidade é o uso de vidros autolimpantes. Um exemplar no mercado nacional é o Bioclean, da Cebrace.

Mais algumas dicas de manutenção:
• Verificar a integridade dos apoios do vidro;
• Se a cobertura estiver localizada em regiões costeiras, buscar peças estruturais
com tratamento superficial contra oxidação;
• Dar atenção especial às borrachas de vedação, trocando aquelas que ficarem
ressequidas com o tempo para evitar vazamentos.

Conheça cases de coberturas de vidros

Shopping Flamboyant (Goiânia, GO)
Um dos mais importantes centros comerciais da capital de Goiás passou por expansão em 2014, tendo ganhado uma solução engenhosa para suas coberturas. O projeto desenvolvido pela Avec Design conta com vidros Habitat, da Cebrace, com função de proteção solar. Sobre as placas do produto, aplicaram-se telas de tecido pré-tensionado microperfuradas e motorizadas. Nos momentos de alta incidência do Sol, as telas são fechadas. Ao todo, são 2.900 m² de vidros instalados com sistema uniglazing de quadros pré-fabricados.

Shopping Metropolitano Barra (Rio de Janeiro)
Localizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste carioca, a obra possui uma cobertura envidraçada que se destaca de longe: impossível não notar a enorme estrutura — parece uma nave espacial prestes a decolar. Um dos desafios do projeto era evitar que se criasse um efeito estufa no interior do shopping. Por isso, utilizou-se o vidro de controle solar SunGuard SNL 37, da Guardian.

Boulevard Shopping (Vila Velha, ES)
A aplicação de vidro no Boulevard Shopping prima pela beleza visual. Algumas placas dos laminados de Cool Lite com float incolor, fornecidos pela Cebrace e processados pela Viminas, ganharam PVBs opacos. Outras, PVBs comuns. Na hora da instalação, foram posicionadas de forma parecida a um tabuleiro de xadrez. Por ter vidros de controle solar, a estrutura barra o forte calor da região.

Shopping JK Iguatemi (São Paulo)
O luxuoso centro comercial na Zona Sul da cidade conta com especificação robusta: insulados de laminados 36 mm (com vidro de controle solar). No total, 3 mil m² do material fazem parte da estrutura. Na foto abaixo, é possível ver todo o trabalho para se instalar as peças, com 130 kg cada: um pórtico rolante, com ventosa basculante, as levantava. O projeto é da Avec Design.

Fábrica da Cebrace — unidade Barra Velha (Barra Velha, SC)
Por que não usar vidro em uma fábrica de vidro? A guarita da unidade fabril da Cebrace em Santa Catarina, localizada logo na entrada do empreendimento, possui cobertura com float incolor laminado (4 + 4 mm), instalado pela Vidrosistemas e elaborado pela Pilkington Brasil. “O objetivo foi criar um projeto limpo e sem caixilhos, com fixações de aço inox de uma forma atípica, somente com tirantes e cabos de aço”, explica Angelo Arruda, engenheiro e sócio-proprietário da Vidrosistemas.

Fale com eles!
Abrasipa — www.abrasipa.com.br
Avec Design — www.avec.com.br
Cebrace — www.cebrace.com.br
Divinal Vidros — www.divinalvidros.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Mackenzie — portal.mackenzie.br
Pilkington — www.pilkington.com/en/br
Vidrosistemas — www.vidrosistemas.com.br
Viminas — viminas.com.br
Vivix — vivixvidrosplanos.com.br

Por dentro do mundo das ferragens para vidro

Um vidraceiro não trabalha só com o vidro, mas também com as ferragens, parceiras quase inseparáveis de nosso material. São elas que permitem a fixação e a movimentação dos vidros em portas, janelas, fachadas e outras aplicações na construção civil. Apesar do grande número de opções no mercado, a escolha da ferragem deve ser feita com muito cuidado, para garantir a segurança do vidro instalado e das pessoas próximas a ele.

Por isso, conversamos com profissionais do ramo e preparamos uma reportagem especial para você, vidraceiro.Também adiantamos um pouco do que deve dizer a norma técnica para ferragens em fase de desenvolvimento. Boa leitura!

De olho nas matérias-primas

Ferragens para vidro podem ser feitas com diferentes materiais. Embora o projeto de norma em desenvolvimento (saiba mais sobre ele na página 40) não defina uma matéria-prima específica para sua fabricação, é importante conhecer o que cada uma delas tem a oferecer.

Zamac

Características: O zamac é uma liga metálica não ferrosa, com resistência mecânica similar à do latão. É hoje o material mais utilizado
na fabricação de ferragens para vidro
Aplicações: Apresenta bons resultados em ambientes internos, segundo Wellington Neves, gerente-comercial da Gold News. Nelson Libonatti, diretor-geral da Glass Vetro, acrescenta que o zamac é mais recomendado em instalações em que as ferragens não precisem suportar grandes esforços
Custo: Costuma ser bastante acessível, apenas mais caro que o polímero

Latão

Características: Marco Musolino, diretor-comercial da Metalúrgica GMS, explica que o latão é um material nobre, com excelentes
resistências mecânica e à corrosão
Aplicações: Indicado para áreas litorâneas, com maresia, e zonas industriais (também pode ser usado em aplicações internas e externas)
Custo: O mais alto do mercado — segundo Libonatti, da Glass Vetro, ele chega a ser até 15% mais caro que o aço inoxidável

Aço inoxidável

Características: Laurenil de Castro, diretora-comercial da Belga Metal, aponta que ele é considerado um material de alto padrão, com grande resistência mecânica e que dispensa a necessidade de acabamentos, já apresentando brilho característico
Aplicações: Libonatti, da Glass Vetro, indica que a aplicação depende da composição do aço inox:
• Inox 201: apesar de ser mais barato, apresenta restrições para uso em áreas externas
• Inox 304: aconselhado para uso em áreas externas
• Inox 316: composição mais resistente à maresia, ideal para áreas litorâneas
Custo: As ferragens de aço inox geralmente estão entre as mais caras no mercado, podendo custar até 20% a mais que o zamac

Polímero

Características: Ao contrário das outras matérias-primas normalmente usadas para fabricar ferragens, o polímero não é um metal, mas um material plástico
Aplicações: Max Del Olmo Filho, diretor-comercial da AL Puxadores, observa que o polímero pode ser usado tanto em aplicações internas como externas, pois não oxida.
Custo: Costuma apresentar os preços mais competitivos do mercado

Alumínio

Características: Material leve, dispensa acabamento superficial, apresentando por si só um aspecto liso e um pouco fosco. Gleibe Rodrigues, sócio-proprietário da Ferragens TQ, destaca que é possível escolher a liga e têmpera ideais do alumínio para conferir à ferragem a dureza e resistência necessárias para sua aplicação
Aplicações: Segundo Bernardo Grimberg, diretor-comercial da BonnaDio, pode ser usado em aplicações externas ou internas, apresentando boa durabilidade
Custo: As ferragens de alumínio costumam encontrar-se na média: nem caras, nem baratas

Finalizando o produto

Hoje, diferentes opções de acabamento são usadas para conferir uma aparência bela e harmoniosa às ferragens. E elas não contribuem  só para a estética do produto: segundo Edinilson Ferreira de Macedo, responsável pelo setor de Engenharia de Desenvolvimento da Metalúrgica WA, o acabamento também ajuda a preservar as peças em relação ao passar do tempo, além de protegê-las contra a  oxidação. Veja os principais acabamentos:

1) Cromado

Como é feito — Por meio de uma série de “banhos” da ferragem para recobri-la com uma camada de cromo;
Aparência — A peça cromada tem maior brilho e aspecto espelhado. Por esse motivo, as manchas causadas pelo contato e riscos ficam mais visíveis, exigindo mais cuidados em sua instalação e manutenção;
Em que materiais — Mais utilizado com latão e zamac. Não costuma ser feito com ferragens de alumínio, pois o processo para cromação desse material é mais trabalhoso, mas empresas como a Ferragens TQ já dispõem de tecnologia para isso.

2) Escovado

Como é feito — Por meio da abrasão (lixamento) da ferragem;
Aparência — A ferragem escovada tem a cor do material usado em sua fabricação, com pequenas ranhuras (linhas muito finas na mesma direção) em sua superfície;
Em que materiais — Usado normalmente em ferragens de aço inox e latão

3) Pintado

Como é feito — Com a aplicação de tinta em pó à base de epóxi e poliéster, em cabinas de pintura eletrostática;
Aparência — A pintura forma um filme rígido sobre a ferragem, permitindo que a tinta tenha ampla fixação à peça (sem escorrer) e confira a cor desejada a ela — segundo Denise Fonseca, gerente-comercial da Glasspeças, há uma ampla variedade de cores disponíveis, como preto, branco, cinza e bronze, entre outras;
Em que materiais — Bastante utilizado em ferragens de zamac. Peças de alumínio e latão também costumam receber esse acabamento.
Acetinado — Segundo Márcio Tavares, gerente-comercial da Stam, trata-se de uma variação do acabamento pintado, com a aplicação de pintura eletrostática com aspecto de aço ou alumínio fosco.

O que você encontra no mercado

As empresas especializadas em ferragens que responderam à nossa reportagem oferecem diversas soluções. Confira!

Adequação ao mercado — Uma das ações recentes da Metalúrgica WA foi a mudança do alumínio para o zamac como matéria-prima para suas ferragens. Para a empresa, o novo material permite processos produtivos mais enxutos e preços mais competitivos.

Ampla abertura — A Glass Vetro promete vários lançamentos em junho de 2016. Enquanto isso, a empresa já comercializa as dobradiças da linha Premium, disponíveis em zamac (foto), aço inox ou latão: elas proporcionam a abertura da porta para ambos os lados, em 180°.

Beleza e resistência — Um dos destaques da Gold News no mercado é a linha 48 de dobradiças. De aço inox, elas apresentam design com cantos arredondados e superfície polida. Podem ser aplicadas em diversos tipos de porta de vidro, mesmo em áreas litorâneas.

Matéria-prima diferenciada — A AL Puxadores afirma ter revolucionado o mercado nacional com a introdução das ferragens de polímero, com custos mais atrativos e acabamento diferenciado. A empresa já está preparando novas soluções para o mercado envolvendo o material.

Para vidros grandes — As dobradiças Jumbo da Belga Metal, para portas de grandes dimensões, são de aço inox e suportam até 130 kg.

Privacidade garantida Um dos lançamentos exclusivos da Ferragens TQ foi a fechadura para portas de vidro em cabinas de banheiros públicos. O produto, para portas de vidro, conta com display informando se o espaço está livre ou ocupado.

Prontas para emergência — A linha de soluções da BonnaDio inclui o kit para instalação de barras antipânico. As peças, incluindo a  fechadura na face do vidro oposta à da barra, são de aço revestido com pintura eletrostática.

Segurança extra — A Dobradiça Superior + Segurança, da Metalúrgica GMS, foi desenvolvida para uso em portas de vidro com película de segurança (também pode ser usada em outras portas). Com trava de segurança que a mantém fixa ao mancal (ferragem em que o eixo da porta é apoiado) superior, se o vidro quebrar, ela segura a porta no lugar, evitando acidentes.

Versatilidade no travamento — Uma das soluções oferecidas pela Stam é o Miolo 2002 para fechaduras. O produto tem mecanismo de lingueta com trava universal, podendo ser instalado em portas de vidro de bater ou de correr, e seu cilindro é intercambiável — ou seja, é possível trocá-lo sem precisar desmontar toda a fechadura.

Vidro em movimento — A Glasspeças possui uma linha de carrinhos Stanley com sistema de mão amiga (foto, aplicados na parte superior da porta), o qual permite a abertura e o fechamento de um sistema com uma folha de vidro fixa e até dez folhas móveis bastando mover uma das peças de vidro.

Para a proteção — A Pado oferece sua linha Glass, com fechaduras para portas e janelas de vidro. A caixa, tampa e lingueta do produto são de aço inoxidável, enquanto o cilindro é de zamac. As fechaduras estão disponíveis no padrão Blindex (com lingueta dupla ou simples) e Santa Marina — com pino. Os produtos possuem acabamento cromado, cromado acetinado, bronze oxidado e bronze.

Sem risco de contaminação

Embora ainda não seja usado para fabricação de ferragens para vidro no Brasil, o cobre antimicrobiano é apontado por Roney Margutti, gerente de Tecnologia do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp) e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Ferragens (ABNT/CEE-188), como uma tendência a médio prazo para o mercado nacional de maçanetas, fechaduras e puxadores.

No estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, guichês e corrimãos já foram
revestidos com cobre. “Devido ao risco de contaminação por micro-organismos, há uma iniciativa de se desenvolver produtos com esse material, para uso principalmente em espaços públicos”, explica. O cobre tem capacidade de eliminar 99,9% das bactérias de suas superfícies, reduzindo riscos de transmissão de doenças. Dentre suas características destacam-se:

• Ação bactericida contínua, ideal para evitar a contaminação de superfícies de contato em espaços públicos;
• Coloração dourada avermelhada;
• Excelente resistência mecânica e à corrosão.

Especificação: todo cuidado é pouco

A especificação de ferragens para vidro é fundamental para a segurança da instalação. As fontes consultadas para esta reportagem recomendam que sempre se deve conferir:

  • Se o produto apresenta garantia;
  • Se a fabricante das ferragens tem histórico confiável;
  • As espessuras e dimensões máximas do vidro para as quais os produtos são recomendados;
  • Qual a facilidade de reposição das ferragens, quando necessária;
  • Se a região em que o vidro será instalado requer ferragens com materiais ou acabamentos específicos.

Aprendendo a instalar corretamente

As fabricantes de ferragens são ótimas fontes para orientar os vidraceiros como instalar seus produtos. A Glass Vetro, por exemplo, realiza treinamentos em sua matriz, nas lojas franqueadas e mesmo nas instalações do cliente interessado: “Ensinamos toda a parte de aplicabilidade e instalação das ferragens no vidro, os cuidados e a verificação de normas técnicas relacionadas a esse trabalho”, aponta Nelson Libonatti.

Norma a caminho!

Embora não haja atualmente uma norma em vigor específica para ferragens para vidro, isso deve mudar em breve: um projeto de norma para elas já está sendo elaborado pela ABNT/CEE-188. “No momento, estamos na fase de testes laboratoriais”, explica Roney Margutti, coordenador da comissão. “Se tudo correr bem, devemos liberar o texto do projeto para consulta nacional em meados deste ano.”

Alguns pontos destacados pela norma são:

• A descrição e os códigos das ferragens, para facilitar a comunicação entre os elos da cadeia produtiva (fabricantes de ferragens, processadores e vidraceiros;
• As especificações para o recorte do vidro para cada uma das ferragens;
• A marcação de identificação do fabricante na ferragem;
• O desempenho mínimo esperado para as ferragens, como:
• Resistência dos parafusos de fixação;
• Resistência à corrosão do conjunto montado;
• Durabilidade das ferragens móveis;
• Verificação do escorregamento dos vidros.

Fale com eles!

ABNT — www.abnt.org.br
AL Puxadores — www.alindustria.com.br
Belga Metal — www.belgametal.com.br
BonnaDio — www.bonnadio.com.br
Ferragens TQ — ferragenstq.com.br
Glass Vetro — www.glassvetro.com.br
Glasspeças — www.glasspecas.com.br
Gold News — www.goldnews.com.br
Metalúrgica GMS — www.gms.com.br
Metalúrgica WA — www.metalurgicawa.com.br
Pado — www.pado.com.br
Siamfesp — www.siamfesp.org.br
Stam — stam.com.br

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Decisão tomada!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Após onze meses, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) encerrou a investigação antidumping sobre a importação de espelhos não emoldurados — comumente classificados no item 7009.91.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) — vindos da China e do México.

O governo entendeu que houve dumping nessas importações e também dano à indústria doméstica em decorrência dessa prática e, por isso, decidiu pela aplicação de Importação direito antidumping definitivo. A informação foi comunicada na Resolução Nº 10, de 18 de fevereiro de 2016, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 19 de fevereiro.

Na prática, para importar espelho em chapa desses dois países nos próximos cinco anos, o importador precisará pagar uma alíquota adicional que varia entre US$ 388,73 e US$ 427,43/t de acordo com o fornecedor do produto. Veja abaixo a resposta para as dúvidas mais frequentes.

Atenção!
O direito antidumping para espelhos não se aplica a alguns produtos não emoldurados. São eles:
• Bisotados (bisotê);
• Chanfrados;
• Redondos;
• Ovalados;
• Espelhos processados e acabados:
> para fabricação de embalagens cosméticas;
> de bolso;
> de bolsa;
> de mão;
> para telescópios;
> côncavos;
> convexos;
> laminados de segurança.

O que você precisa saber sobre o caso
O que é ‘dumping’?
É uma prática comercial em que uma ou mais empresas de um país vendem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços abaixo de seu valor justo para outro país, a fim de prejudicar e eliminar os concorrentes no local. Quando a prática é comprovada, aplicam-se medidas antidumping para neutralizar os prejuízos à indústria nacional.

A quais importações o direito ‘antidumping’ de espelhos é aplicado?
A todas as transações de espelhos não emoldurados originários da China e do México cujas Declarações de Importação (DI) sejam registradas a partir de 19 de fevereiro de 2016. Contudo, há exceções (veja mais no quadro acima).

Por quanto tempo terá validade?
O prazo de aplicação desse direito é de até cinco anos

Como será recolhido?
Sob a forma de alíquota específica, fixada em dólares por tonelada. A tabela com todos os valores pode ser consultada no site da Abravidro.

Histórico do caso
23 de março de 2015 Atendendo a um pedido da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidros (Abividro), governo decide investigar a prática de dumping, o dano à indústria doméstica e a relação causal entre ambos nas exportações para o Brasil de espelhos não emoldurados da China e do México.

17 de julho de 2015 — É emitida uma determinação preliminar de que houve prática de dumping. Apesar disso, opta-se por não aplicar o direito antidumping provisório até o final das investigações.

14 de janeiro de 2016 — O prazo para o término da investigação é prorrogado por até oito meses.

19 de fevereiro de 2016 — Investigação é concluída, com a decisão pela aplicação do direito antidumping definitivo.

 

Fale com eles!
Camex — www.camex.gov.br
MDIC — www.mdic.gov.br

Está chegando a hora!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

De 8 a 11 de junho, o Transamerica Expo Center, em São Paulo, vai se transformar, mais uma vez, no principal ponto de encontro do setor vidreiro nacional. Cerca de 12 mil profissionais e 200 marcas expositoras nacionais e estrangeiras são esperados para a 12ª Glass South America. Organizada pela NürnbergMesse Brasil, a maior feira vidreira da América Latina promete aquecer os negócios do mercado.

Para ajudar os visitantes de todo o Brasil que irão a São Paulo, além dos próprios paulistanos, O Vidroplano reuniu informações  essenciais sobre a mostra: como chegar ao pavilhão de exposições e onde estacionar seu carro, além de dicas de hospedagem e passagens aéreas.

Data e horário
De 8 a 10 de junho
Das 12 às 19 horas

Dia 11 de junho
Das 10 às 17 horas

Local
O Transamerica Expo Center está na Zona Sul de São Paulo, um dos principais centros empresariais da cidade. O espaço se localiza próximo a duas importantes vias da região: Marginal do Rio Pinheiros e Avenida Washington Luís.
Endereço
Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo, SP

Como chegar
‘TRANSFER’ GRATUITO
A NürnbergMesse Brasil vai fornecer um serviço de transfer gratuito para levar os visitantes ao Transamerica Expo Center. Os veículos partirão de três locais diferentes:
Linha A — Shopping Market Place
A 200 m da entrada da estação Morumbi da CPTM, na Rua João Dória, s/nº
Dias 8, 9 e 10 de junho: das 11 às 20 horas/  Dia 11 (sábado): das 9 às 18 horas
Intervalo de 20 minutos entre cada viagem

Linha B — Estação Santo Amaro da CPTM
Ao lado da estação Santo Amaro, na Avenida Padre José Maria
Dias 8, 9 e 10 de junho: das 11 às 20 horas/Dia 11 (sábado): das 9 às 18 horas
Intervalo de 20 minutos entre cada viagem

Linha C — Metrô Jabaquara
Estacionamento do supermercado Pão de Açúcar, na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 2.022
Dias 8, 9 e 10 de junho: das 11 às 20 horas/Dia 11 (sábado): das 9 às 18 horas
Intervalo de 60 min entre cada viagem

Para quem chega de avião
Aeroporto de Congonhas
As opções para chegar ao local da feira são:
– TÁXI — O preço estimado da corrida até o Transamerica Expo Center, por táxis comuns, é de R$ 60.

– TRANSPORTE PÚBLICO (ÔNIBUS) — Na altura do número 6.973 da Avenida Washington Luís, pegar o ônibus 476A (Ipiranga/Santo Amaro) e descer no último ponto da Avenida Mário Lopes Leão. Você estará bem próximo ao Transamerica Expo Center.

Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos)
As opções para chegar ao local da feira são:
– TÁXI — O preço de tabela da corrida pela Guarucoop, empresa de táxi que opera no aeroporto, é de R$ 202,41.
– UBER — O preço estimado da corrida, pelas categorias mais simples do serviço, pode variar de R$ 90 a R$ 130, dependendo
do tráfego e horário.
– TRANSPORTE PÚBLICO (ÔNIBUS) — Você pode usar o Airport Bus Service, ônibus executivo com destino a vários pontos estratégicos da cidade. Destes, o mais próximo ao Transamerica Expo Center é o Aeroporto de Congonhas. Valor da passagem: R$ 45,50.

Transporte público
Ônibus
Linhas que passam próximo ao Transamerica Expo Center:
476A — Ipiranga/Santo Amaro
576C — Metrô Jabaquara/Terminal Santo Amaro
6200 — Terminal Bandeira/Terminal Santo Amaro
637P — Pinheiros/Terminal Santo Amaro
675N — Metrô Ana Rosa/Santo Amaro
6042 — Santo Amaro/Jd. Três Estrelas
746R — Santo Amaro/Real Parque
Valor da passagem: R$ 3,80
Para consultar os itinerários, acesse o site da SP Trans: www.sptrans.com.br

Trem Metropolitano
Linha 9 — Esmeralda (Osasco/Grajaú).
Descer na estação Santo Amaro.
Valor da passagem: R$ 3,80
Valor médio do táxi até o Transamerica Expo Center: R$ 20
Para mais informações, consulte o site da CPTM: www.cptm.sp.gov.br

Fique atento
Em São Paulo, o valor das passagens de ônibus, trem e metrô é unificado: R$ 3,80 para cada viagem.

Estacionamentos
Os participantes da feira que forem de carro até o Transamerica Expo Center terão diversas opções de estacionamento. Veja a seguir:

Transamerica Expo Center
Av. Dr. Mario Villas Boas Rodrigues, 387
Valor da diária para carros: R$ 46
Valor da diária para motos: R$ 33

Estapar
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 947
Valor da diária para carros: R$ 46

Office Nova America
Av. das Nações Unidas, 18.801
Valor da diária para carros: R$ 46

Birmann
Rua Eng. Francisco Pita Brito, 125
Valor da diária para carros: R$ 46

Citibank Hall
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 400
Valor da diária para carros: não informado

Eventos paralelos
Até o fechamento desta edição de O Vidroplano, a NürnbergMesse Brasil ainda não havia fechado a programação de eventos paralelos. No entanto, já adiantaram dois deles. A Arena de Gestão e Tecnologia será um espaço para apresentações curtas de temas inovadores por meio de palestras e interação. Ocorrerá ainda a estreia da feira R+T South America, evento internacional voltado ao mercado de persianas, portas, portões e proteção solar.

Viagem e hospedagem
A LT Travel Lufthansa City Center é a agência de viagens oficial da feira. Ela oferece preços especiais em passagens aéreas e hotéis.
Contatos
(11) 3125-2911
danilo@lttravel.com.br
www.lttravel.com.br

Passagens aéreas
• A Tam é a transportadora aérea oficial da Glass South America. Por meio da LT Travel, são oferecidos bilhetes com descontos especiais.
• Para a compra no site da companhia (www.tam.com.br), os participantes devem digitar o número 649107 no campo “Código Promocional”;
• Os valores estão sujeitos à disponibilidade de assentos e regras/restrições específicas de cada tarifa;
• Válido para embarque de 4 a 14 de junho em rotas operadas pela Tam em trechos que ligam cidades brasileiras a São Paulo (ida e volta).

 

Hotéis
Transamerica São Paulo
Single: R$ 669
Duplo: R$ 729
A 200 m de distância do evento

Blue Tree Premium Verbo Divino
Single: R$ 315
Duplo: R$ 360
A 2 km de distância do evento

Tryp Nações Unidas
Single: R$ 259
Duplo: R$ 309
A 3 km de distância do evento

Estanplaza International
Single: R$ 299
Duplo: R$ 349
A 3,5 km de distância do evento

Transamerica
Executive Chácara
Santo Antônio
Single: R$ 320
Duplo: R$ 360
A 3,5 km de distância do evento

Observações — Os valores são referentes à diária simples (incluem café da manhã) e estão sujeitos à alteração até a data de pagamento. Não está inclusa a alíquota de 5% do ISS por diária e por apartamento. As reservas devem ser solicitadas à LT Travel, empresa que detém as tarifas exclusivas de agência oficial.

Como se credenciar para a feira
Acesse o site oficial da feira (www.glassexpo.com.br). Na home, você verá um banner chamado “Credenciamento” no lado direito. Clique ali e siga as instruções.

Informações importantes
– É proibida a entrada de menores de dezesseis anos de idade, mesmo que acompanhados;

–  Não será permitida a entrada de pessoas usando trajes como bermuda e/ou chinelo;

–  A credencial do visitante é pessoal e intransferível. Para retirá-la, será necessário apresentar cartão de visita e documento de identidade.

Fale com eles!
Glass South America — www.glassexpo.com.br

‘A AGC tem o ‘DNA’ japonês: quando fala, faz’

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Na tarde do dia 10 de março, em um hotel próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, a editora de O Vidroplano, Celina Araújo,  conversou com Jean- François Heris, presidente global da divisão Building (produtos para construção civil) da AGC. Participaram também do encontro Alexandre Pestana, presidente da Abravidro, e o presidente da AGC Vidros do Brasil, Davide Cappellino. Minutos antes de dar a notícia a um grupo de 20 clientes, Heris anunciou em primeira mão a construção da segunda fábrica

da AGC no Brasil (leia mais na pág. 15), além de revelar a visão da Entrevista exclusiva: Alexandre Pestana e Celina Araújo conversaram
com Jean-François Heris e Davide Cappellino, executivos da AGC empresa sobre o mercado vidreiro nacional em meio ao momento econômico ruim.
Como o mundo todo já sabe, o Brasil passa por uma séria crise econômica. Por que a AGC irá investir no País nesse momento conturbado?
Heris – Essa decisão está totalmente alinhada com a escolha que a AGC fez cinco anos atrás de entrar no Brasil, pois acreditávamos muito no grande potencial a longo prazo deste país. E essas condições continuam. A decisão da segunda fábrica dá continuidade à nossa implementação por aqui. O Brasil está, sem dúvidas, enfrentando um momento difícil, mas a cadeia vidreira e seus empreendedores continuam criando valor e tendo um potencial importante.

Qual o balanço que a AGC faz da presença do grupo no Brasil até agora?
Heris – Obviamente, tivemos de dar os passos necessários de quem começa uma produção desse porte, enfrentando os desafios do mercado, que já teve momentos mais fáceis que outros. Tivemos também um time que trabalhou duro para alcançar as metas e clientes que apreciaram o que oferecemos. Por isso, estamos satisfeitos com nossos dois anos de produção de vidro no Brasil.
Quando a segunda planta de vocês começar a operar, a AGC irá fabricar 1.450 t de ‘float’ por dia. Vocês pretendem atingir algum mercado específico com esse aumento?
Heris – Temos objetivos de longo prazo para o Brasil e para a América do Sul, com uma fatia de mercado que seja comparável ao que temos em outras regiões, sempre em torno ou acima de 20%. A intenção é aumentar a capacidade instalada para acompanhar o crescimento de nossa participação no mercado brasileiro, pensando também na exportação para países vizinhos, acelerando nossa presença nesses lugares.

Para quais setores essa produção será direcionada?
Heris – A produção do nosso segundo forno, de 850 t por dia, vai ser focada para os produtos voltados para a construção: aplicações externas, fachadas, decoração etc. Em geral, o forno já existente vai continuar a atender o segmento automotivo. Atualmente, tem-se um momento difícil em termos de volume de vendas de carros no Brasil, mas também temos confiança de que, mais uma vez, pelos
elementos estruturais do País, o volume volte a crescer.

Vocês mencionaram que a nova fábrica será construída na Região Sudeste. Quais fatores podem determinar a escolha da cidade?
Heris – Por enquanto, ainda estamos explorando algumas opções. Claro, um candidato natural é Guaratinguetá, mas temos outras opções bastante interessantes também. Daqui a duas ou três semanas [esta entrevista foi concedida em 10 de março], vamos divulgar a localização.

A experiência de vocês deve confirmar que, no Brasil, gasta-se muito tempo para a aprovação de licenças ambientais e outros documentos necessários para o início de uma obra desse porte. A AGC já possui um cronograma do projeto?
Heris – Nosso plano é terminar a construção no final de 2018. A parte de licenciamento ambiental ainda depende
da localidade exata. Já começamos a trabalhar vários cenários e logo vamos formalizar o pedido às autoridades. Mas, na verdade, não estamos muito preocupados com essa questão. No primeiro float, a AGC já tomou uma posição de respeito muito forte às legislações ambientais, até mesmo na aplicação das melhores tecnologias disponíveis. Então, acreditamos que será um processo bastante rápido, que vai nos permitir manter nosso planejamento.

Existe algum fator que poderia atrasar o cronograma da AGC? Por exemplo, se a economia piorar ainda mais…
Heris – A AGC tem o “DNA” japonês: quando fala, faz. E faz aquilo que fala. Vocês nunca viram no passado anúncios ou boatos sobre o  segundo forno da AGC. A AGC fala só quando sabe que pode falar. E agora é pra valer.

Hoje, o Brasil possui quatro fabricantes de ‘float’, sendo que dois deles (Cebrace e Vivix) já anunciaram projetos para a construção de novas linhas — aguardam apenas um melhor momento econômico para iniciá-los. Vemos, portanto, maior competição para a manutenção ou aumento das participações de mercado. Como vocês avaliam essa situação? 
Heris – A AGC não está fazendo projetos. Os acionistas da AGC tomaram a decisão: o novo forno está financiado, decidido, até mesmo presente no site oficial do grupo. Estamos falando da realidade. Não gostamos de comentar os concorrentes. São grandes empresas que obviamente têm projetos. Mas, de qualquer jeito, estamos implementando uma decisão tomada.

Vocês acreditam que o mercado brasileiro irá comportar a quantidade de vidro fabricada se os concorrentes da AGC iniciarem seus projetos de novas fábricas nos próximos anos?
Heris – A AGC chegou no Brasil com uma proposta para nossos clientes, envolvendo produtos de alta qualidade, inovação, logística e confiabilidade. Fizemos uma promessa e queremos entregá-la. Fazemos esse investimento para que os clientes continuem a contar conosco, para que eles possam crescer junto com a AGC.

Quando a AGC acendeu seu forno, em 2013, foi anunciado que o grupo estava planejando a construção de um ‘coater’ para 2015 ou 2016. Vocês ainda querem fazer esse investimento?
Heris – Não temos decisões tomadas sobre a instalação de um coater. Estamos acompanhando muito de perto a evolução do mercado dos produtos que poderíamos produzir nesse equipamento. A AGC já tem a tecnologia em casa, nós mesmos produzimos os nossos coaters. Quando acharmos que teremos espaço para o projeto, a implementação vai ser bastante rápida.

Gostaria de deixar alguma mensagem especial para o setor vidreiro brasileiro?
Heris – O Brasil está enfrentando um momento difícil, isso é claro. Mas os brasileiros podem ter muito orgulho de sua capacidade de empreender, de trabalhar, da sociedade e também da cadeia vidreira nacional. É uma tendência natural ser exageradamente pessimista na crise e exageradamente otimista nos momentos bons. Nós achamos que todos da cadeia precisam ter confiança, orgulho daquilo que sabemos fazer, acreditar na nossa capacidade de mudar as coisas. Achamos que a retomada da economia pode acontecer bem mais rápido do que se espera.

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com

Um voto de confiança para o Brasil

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Boquiabertos. Literalmente, essa foi a reação das dezenas de empresários que ouviram em primeira mão a AGC — líder mundial na fabricação de vidro float — anunciar, no dia 10 de março, a construção de seu segundo forno no Brasil.
Tamanha surpresa se justifica: poucos dias depois de o IBGE anunciar um PIB negativo de 3,8% em 2015 e o Fundo Monetário Internacional (FMI) prever novo recuo de 3,5% para 2016, a conclusão imediata é que não seria uma boa hora para se fazer investimentos.

Talvez, aguardar uma definição, tanto política como econômica, dos novos caminhos que o País deve trilhar, correto? Não foi essa a conclusão da direção do grupo japonês, conforme explicou o presidente global da Divisão Building (produtos para construção civil), Jean-François Heris, durante entrevista exclusiva para Celina Araújo, editora de O Vidroplano. Também participaram desse encontro o presidente da AGC Vidros do Brasil, Davide Cappellino, e o presidente da Abravidro, Alexandre Pestana. A entrevista na íntegra pode ser lida a partir da página 20 desta edição.

Investimento nipônico
O investimento total na nova unidade da AGC será de R$ 700 milhões, no Sudeste do Brasil (a cidade que irá recebê-lo seria anunciada três semanas depois) e terá capacidade para fabricar 850 t de vidro plano por dia. Portanto, com o início dessas operações, a empresa vai mais que dobrar a sua produção: das atuais 600 t, passará a 1.450 t diárias. A construção tem conclusão prevista para o final de 2018 e deverá gerar cerca de mil postos de trabalho. “Os empreendedores da cadeia vidreira continuam criando negócios com potencial, por isso precisamos seguir esse caminho”, explicou Heris.

O Grupo AGC acendeu seu primeiro forno no País em setembro de 2013, em Guaratinguetá (SP). A fábrica exigiu investimento de R$ 1 bilhão, tem 750 mil m² e quinhentos funcionários.

É pra valer?
No último Simpovidro, em novembro do ano passado, Cebrace e Vivix — concorrentes da AGC — reafirmaram intenção de novos investimentos na produção de float no Brasil, mas sem definição de datas (veja o quadro na página ao lado)
Nesse cenário, muitos players do nosso mercado se perguntam se o projeto da AGC irá sair do papel no prazo estabelecido. “Não estamos fazendo projetos, os acionistas já tomaram a decisão: o novo forno está financiado, decidido, até mesmo presente no site oficial do grupo. Esta mos implementando uma decisão tomada”, afirma Heris.

Com o início desse novo forno da AGC, muda o jogo no fornecimento de vidros por aqui. Enquanto a Cebrace se manterá como líder no Brasil, a empresa japonesa terá praticamente a mesma capacidade produtiva da Guardian, que opera no
País desde 1998.

A pernambucana Vivix, que já tinha assinalado intenção da segunda planta no Sudeste, assiste agora à AGC antecipar a realização desse projeto.

O novo cenário do ‘float’ no Brasil

Cebrace
Em novembro do ano passado, durante o 12º Simpovidro, a líder na fabricação de float no Brasil anunciou a construção de uma nova linha em Caçapava (SP), denominada C6, e também o aumento da capacidade do forno em Barra Velha (SC), o C4, das atuais 600 para 900 t por dia. Na ocasião, afirmaram que essas ações dependiam da recuperação do mercado e de seu índice de crescimento.

“Nossos investimentos estão mantidos e são regularmente revisados. No momento devido, eles ocorrerão de acordo com a demanda de mercado e cenário político-econômico nacional. Há espaço para trabalhar e desenvolver nosso segmento como um todo, por isso a Cebrace continua acreditando no Brasil e na oportunidade de diferenciação”.

Reinaldo Valu e Leopoldo Castiella, diretores-executivos

Guardian
A segunda maior fabricante de vidros do Brasil não fez anúncios recentes sobre ampliação na capacidade de produção de float. Segundo  sua assessoria de imprensa, a Guardian prefere não se manifestar sobre o assunto.

Vivix
No 12º Simpovidro, a única fabricante com capital 100% nacional reafirmou que o projeto de construção de sua segunda linha estava praticamente pronto e seria executado no tempo adequado.

“A nossa decisão pela segunda planta está tomada. Acreditamos na recuperação da economia e no crescimento do setor, visto que sabemos que o consumo per capita de vidros planos no Brasil ainda é muito baixo, se comparado com alguns países da Europa e Estados Unidos. Entramos nesse mercado porque acreditamos no seu potencial, caso contrário não teríamos investido mais de R$ 1 bilhão nessa que é uma das mais modernas plantas de vidros planos do mundo. Seremos prudentes na definição da data do anúncio para a segunda planta. No momento em que nossos estudos apontarem para uma demanda que comporte mais uma planta no País, divulgaremos para o setor. Garantimos que seremos ágeis na construção da nova planta, assim como fizemos em nossa primeira fábrica. Assumiremos esse compromisso com o mercado no momento certo”
Paulo Drummond, presidente

No futuro
Na tabela abaixo, apresentamos o cenário de produção de float no Brasil, já considerando o novo forno anunciado pela AGC.

AGC
No Brasil desde: 2013
Nº de fornos: 1+ 1 previsto para final de 2018
Capacidade total: 600+850 = 1.450

Cebrace
No Brasil desde: 1974
Nº de fornos: 5
Capacidade total: 3.600

Guardian
No Brasil desde: 1998
Nº de fornos: 2
Capacidade total: 1.430

Vivix
No Brasil desde: 2014
Nº de fornos: 1
Capacidade total: 900

AGC – Nova planta em números
R$ 700 milhões de investimento

850 t de vidros por dia

140% de aumento na produção no Brasil

 

Fale com eles!
AGC — www.agcbrasil.com
Cebrace — www.cebrace.com.br
Guardian — www.guardianbrasil.com.br
Vivix — www.vivix.com.br

Compromisso com você!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Para quem tem sede de novidades como nós, jornalistas, fazia certo tempo que o mercado não sinalizava com boas novas. Orgulhosos por termos divulgado a notícia em primeira mão, divido com vocês os bastidores de nossa reportagem de capa.

Em pleno fechamento desta edição, soubemos que haveria um anúncio importante da AGC no dia seguinte, mas sem detalhes. Era preciso decidir: seria o caso de adiar em um dia o envio da revista para a gráfica, refazendo todo o seu mapeamento original?

Os critérios para a distribuição dos espaços na revista seguem a velha e boa regra do jornalismo: qual o interesse do tema para o leitor? Com pouquíssimas referências, era difícil prever, mas resolvemos apostar na intuição de que seria algo realmente importante e deslocamos uma equipe de peso para a cobertura.

Valeu a pena! No mesmo dia, tarde da noite, nossos curtidores no Facebook souberam da novidade ao mesmo tempo que ela era anunciada a um pequeno grupo de clientes. No dia seguinte, logo de manhã, todo o mercado recebeu nossa newsletter por e-mail incluindo as primeiras informações da entrevista exclusiva que fizemos com o CEO global da empresa, que esteve no Brasil por apenas três dias.

Foi muito corrido e só deu certo porque contamos com uma equipe experiente e nota 10. Por isso, sinto uma satisfação imensa quando temos a chance de resgatar a essência do bom jornalismo: agilidade, precisão e alinhamento com o público leitor. O post daquele dia teve um número expressivo de compartilhamentos nas redes sociais, mas, se eu fosse você, daria uma boa lida com mais detalhes na reportagem das páginas a seguir.

Boa leitura,
Celina Araujo
Editora

O Brasil e o vidro em 2019!

Este texto foi originalmente publicado na edição 519 (março de 2016) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista clicando aqui

Alexandre_pestana_EditorialAssim como todos os integrantes de nosso mercado, confesso que fui surpreendido com o anúncio do investimento da nova linha de produção de float feito pela AGC. Passada a surpresa inicial, constatei que a entrada de novos players no vidro do Brasil está tendo consequências além daquelas imediatamente previstas.

Anteriormente, novas linhas eram construídas quando o mercado já estava maduro para absorver sua produção — tínhamos até nos acostumado à tradicional falta de matéria-prima nos momentos de demanda aquecida às vésperas do acendimento desses fornos. Agora, assim como ocorre em nossa indústria de transformação, o investimento é feito a partir de uma expectativa de consumo futuro. Portanto, num cenário de baixa atividade e sobre-oferta de vidro como o atual, a atitude da AGC pode parecer precipitada — assim como três anos atrás seria loucura imaginar uma queda tão grande como vivenciamos hoje.

Outro ponto importante é o fato de a líder mundial em fabricação de vidros decidir alinhar a sua participação de mercado ao que já tem em outras partes do mundo. Essa visão melhora a posição de nosso país no contexto vidreiro global, principalmente no acesso a novas tecnologias para aplicação do produto.

O anúncio da AGC também sinaliza um novo arranjo de forças do vidro no Brasil, com uma competição cada vez mais acirrada entre as fabricantes e, certamente, uma reavaliação mais profunda por parte de quem opera no País há mais tempo.

Conforme as manifestações de vários clientes da AGC no momento do anúncio do novo forno, a decisão da empresa vem como uma luz no fim do túnel para quem está bravamente lutando para ultrapassar os tão amargos dias atuais. Eles nos obrigaram a olhar um pouco mais à frente, nos lembrando que estão mantidos vários fundamentos que impulsionaram um crescimento vultoso de nosso mercado entre 2006 e 2013. Nosso déficit habitacional e de infraestrutura ainda é gigantesco e, portanto, temos um baixo consumo de vidro per capita comparado a outros países, o que nos leva a um enorme potencial de desenvolvimento.

Vejo que os japoneses estão se organizando para o Brasil de 2019. E você, está preparando sua empresa para quando o mercado voltar a crescer?